
Onze trabalhadores que atuavam numa empresa de reciclagem de lixo foram resgatados de situação análoga à escravidão, em Sapucaia do Sul (Região Metropolitana). Eles foram acolhidos por uma força-tarefa formada por servidores da Polícia Federal (PF), Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e Ministério Público do Trabalho (MPT).
Os trabalhadores pernoitavam e faziam refeições no mesmo local de trabalho, um barraco de madeira, com escassa roupa e poucas cobertas para o frio. Eles dormiam sobre colchonetes furados, em triliches.

A moradia não tinha piso, era de chão batido e sujeita à água da chuva. A cozinha era extremamente suja. O barracão tampouco tinha banheiro, descreve o delegado Fernando Bertuol, da Delegacia de Direitos Humanos e Defesa Institucional da PF (Delinst).

A maioria dos resgatados trabalhava cerca de 12 a 16 horas por dia, sete dias por semana, recebendo uma remuneração diária que variava entre R$ 30 e R$ 40.
O dono do galpão de reciclagem de materiais foi preso em flagrante, por exploração do trabalho escravo. As vítimas estão sendo acolhidas pela Secretaria Municipal de Sapucaia do Sul, que providenciará alojamento e alimentação a todos.