
A Polícia Técnico-Científica de São Paulo divulgou que a causa da morte do empresário encontrado morto em um buraco no Autódromo de Interlagos, Adalberto Amarilio dos Santos Júnior, foi asfixia. Até então, o caso estava sendo investigado pela Polícia Civil como morte suspeita a esclarecer.
Ainda não se sabe se o ocorrido vai passar a ser considerado homicídio. Segundo o g1, o laudo informa que a morte é considerada violenta.
Outro ponto importante é que os testes no corpo de Adalberto Júnior não encontraram drogas ou álcool no sistema, o que difere da versão contada pelo amigo do empresário, que havia confirmado que os dois tinham bebido e usado maconha.
O empresário desapareceu em 30 de maio, quando foi a um evento de motociclismo em Interlagos, acompanhado de um amigo. Ele foi avistado pela última vez pelas câmeras de segurança andando em direção ao estacionamento para ir embora. O corpo dele só foi encontrado em 3 de junho, dentro de um buraco em uma obra no autódromo.
O que diz a investigação
Segundo o Instituto Médico-Legal (IML), a causa da morte de Adalberto foi asfixia, provocada provavelmente por compressão do pulmão. Marcas de escoriações no pescoço também foram encontradas, sugerindo uma possível esganadura cometida por outra pessoa.
Duas linhas de investigação foram estabelecidas até o momento. Em uma delas, a Polícia Civil apura se o empresário se envolveu em uma briga e poderia ser tido vítima de um golpe de mata-leão. A outra analisa se ele foi dopado com "boa noite, Cinderela".
Na primeira hipótese, a polícia indica que Adalberto poderia ter se envolvido em uma briga com algum segurança que trabalhou no evento em que ele estava. O conflito teria ocorrido no momento em que o empresário seguia até o estacionamento para pegar o seu carro.
A Polícia Civil também descartou a hipótese de acidente e a ideia de um possível assalto.
Quem era Adalberto Júnior
Adalberto era empresário do ramo óptico e administrava óticas em São Paulo. Era conhecido por ser educado, discreto e apaixonado por velocidade. Participava de campeonatos de kart com um grupo de amigos, que também organizava ações beneficentes.
— Ele era uma das pessoas mais gentis e tranquilas que conheci. A morte dele é um choque — lamenta o advogado Ricardo Mendizabal, amigo do empresário.
Outro amigo, Paul Robison, com quem dividiu vitórias nas pistas, descreve a dor do grupo:
— A gente anda de carro e chora. Nunca imaginamos que o primeiro a partir seria o mais novo.