
O acidente de balão que aconteceu neste sábado (21) em Praia Grande, Santa Catarina, dificilmente foi causado por condições climáticas adversas, estima o presidente da Federação Gaúcha de Balonismo, Rogério Daitx. Em entrevista à Rádio Gaúcha, Daitx destacou que as condições eram favoráveis para voo, e que inclusive havia outros passeios de balão acontecendo na cidade no mesmo momento.
— Condições climáticas a gente pode descartar, não foram elas a causa. O que mais parece ser, provavelmente, é algum vazamento, alguma falha no equipamento — explicou o balonista.
As causas ainda serão investigadas. Segundo o delegado-geral da Polícia Civil do Estado de Santa Catarina (PCSC), Ulisses Gabriel, que acompanha o caso, um gabinete de crise foi criado para averiguar as circunstâncias do acidente. Ele afirmou ainda que o piloto está entre os sobreviventes e já foi ouvido preliminarmente, mas que ainda é necessário um depoimento formal.
Gabriel afirmou também que os documentos do balão estavam todos em dia, e que o piloto tinha licença para voar.
O presidente da Federação Gaúcha de Balonismo, Rogério Daitx, afirmou que conhecia o piloto e que ele tinha muita experiência de voo:
— Provavelmente ele teve que tomar alguma decisão, e provavelmente foi a pior decisão da vida dele.
O acidente
Pelo menos oito pessoas morreram e 13 ficaram feridas após um balão de ar quente, com 21 pessoas a bordo, incendiar ainda no ar e cair em uma área rural de Praia Grande, Santa Catarina.
Imagens que circulam nas redes sociais mostram o começo das chamas. Relatos ainda preliminares dão conta de que, num primeiro momento, a aeronave desceu próxima ao solo e algumas pessoas saltaram, ou caíram, entre elas o piloto. Depois, o balão voltou a subir e foi tomado pelas chamas, caindo de forma brusca, ainda com parte dos ocupantes.