
O Congresso dos Estados Unidos aprovou por unanimidade, na terça-feira (12), uma resolução de condenação aos neonazistas, à KKK e a outros nacionalistas brancos, e exige que o presidente Donald Trump enfrente os grupos de ódio no país. A medida ocorre após os atos de violência racial, no mês passado, em Charlottesville, Virgínia.
A resolução conjunta das duas Casas do Congresso, que descreve a violência como um "ataque terrorista interno", pede ao governo de Trump que melhore o registro de dados sobre crimes e discursos de ódio. A Câmara de Representantes aprovou poucas horas depois de o Senado ter feito o mesmo. O texto segue, agora, para a Casa Branca.
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Congressistas da Virgínia afirmaram que o Congresso apresentou uma "voz unificada" para condenar inequivocamente o incidente em que uma manifestante morreu ao ser atropelada pelo veículo de um supremacista branco que avançou contra uma multidão, após um protesto de extremistas de direita que terminou em violência.
A moção do Congresso reconhece a situação e presta condolências pela morte de Heather Heyer, de dois policiais que faleceram na queda de um helicóptero quando monitoravam o protesto e de 19 pessoas feridas nos distúrbios.
— Espero que esta ação bipartidária cure as feridas depois desta tragédia e envie uma mensagem clara aos que pretendem dividir nosso país de que não há espaço para o ódio e a violência — disse o democrata Gerry Connelly.
Trump foi criticado depois de afirmar que os manifestantes contrários ao racismo eram igualmente responsáveis pela violência na manifestação dos supremacistas brancos em Charlottesville.
A avaliação do presidente republicano registrou forte queda após o episódio e está em seu menor nível durante sete meses de mandato.
A resolução expressa "apoio à comunidade de Charlottesville, rejeitando os nacionalistas brancos, os supremacistas brancos, a Ku Klux Klan, neonazistas e outros grupos de ódio, e urge ao presidente e seu gabinete a usar todos os recursos disponíveis para enfrentar as ameaças representadas por estes grupos".