
Um dia antes da reunião da comissão de especialistas sobre a proteção de menores, em Roma, o Papa Francisco encaminhou uma carta direcionada as autoridades católicas mundiais pedindo que não sejam acobertados casos de pedofilia com origem na igreja. A comissão, que é presidida pelo cardeal Sean O'Mally, tem entre os 16 membros nove homens e sete mulheres e inclui duas pessoas que sofreram abusos sexuais por parte de religiosos, pretende propôr reformas a respeito do assunto, capaz de manchar a imagem da igreja católica em diversos países.
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Em janeiro, dez padres foram acusados na Espanha por um caso de pedofilia, do qual o papa Francisco foi alertado pela carta de uma vítima. No documento, uma jovem de 25 anos, disse ter sido estuprada e forçada a participar de atos sexuais na cidade andaluza de Granada, durante sua infância.
Apesar das novas diretrizes da igreja, as associações de vítimas, como a americana SNAP, seguem criticando o Vaticano e pedem, em particular, que sejam divulgadas as investigações internas sobre alguns padres. Há 20 anos, foram divulgados milhares de casos de abusos sexuais contra crianças e adolescentes cometidos por sacerdótes, na Irlanda e nos Estados Unidos, ocorridos entre os anos 1960 e 1990.
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*AFP