Quando fiz 25 anos, à beira da Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro, prometi sempre viajar no meu aniversário.
É meu presente. Mas esse ano foi um presente de Deus. Completar 30 anos ao lado dos meus pais e de um grupo especial de amigas na República Dominicana foi mágico.
O destino foi a paradisíaca praia de Bávaro, em Punta Cana - cidade que faz parte da província La Altagracía e tem pouco mais de 110 mil habitantes. No aeroporto já sentimos o clima do local: além do calor, com temperatura de 26 graus às 22h, o terminal é muito típico: feito de folhas de palmeiras.
A dica em Punta Cana é escolher um bom resort e aproveitar a estrutura do hotel e da praia, que traz uma mistura incrível das águas do mar do Caribe e do Oceano Atlântico. E foi o que fizemos, durante sete dias, depois de ver aquela faixa de areia branca, com o sol refletindo o verde do mar, ao lado das grandes canas que acompanham os 10km da orla de Bávaro.
Uma curiosidade, contada pela guia portuguesa: Cana é o nome das palmeiras. Punta é o local em que elas ficam - quase no extremo leste do país - por isso o nome Punta Cana.
Eu, papai Paniz, mamãe Janeti e as amigas Adriana, Lígia, Luciana, Marina e Soninha tivemos uma rotina de muito sol, praia, risadas e mordomias - o resort all inclusive é mesmo o paraíso pra quem precisa de férias.
Era só levantar a mão e Manuel já trazia "una cerveza o un banana mama" - suco delicioso que mistura groselha, água de coco, abacaxi e banana - só não confunda com Mama Juana porque o efeito pode ser 'perda total' - já que a segunda é a bebida típica do país à base de rum com infusão de ervas.
Diferentemente de Cancun, Punta Cana não tem uma avenida larga para contemplar o visual ou um grande centro com bares e boates para animar a noite. Pelo contrário, a cidade tem muitas obras de novas estradas - que lembram bastante os trechos da BR-101 Sul - e o trânsito é caótico: uma frota de carros muito velhos, ninguém respeita sinalização, motociclistas quase sempre em três numa moto e sem capacetes e, como em qualquer parte do mundo, a curiosidade de quem passa por um acidente causa filas imensas. Eu teria muito trabalho lá com uma filial do Trânsito 24horas!
Mariana Paniz se encantou com a República Dominicana
Foto: arquivo pessoal
Conhecemos o trânsito da cidade no caminho para os passeios - eles são uma boa opção para quem quer curtir um pouco da natureza e nadar nas águas cristalinas do mar caribenho. E claro, para os apaixonados por golfinhos, tubarões e leões-marinhos... os animais fazem parte de todo o espetáculo caribenho.
Eu escolhi o passeio para a Ilha Saona: a viagem de 1h20min de catamarã permite acompanhar a mudança da cor da água, do azul escuro para o verde transparente, ao som da música dominicana e da alegria da tripulação. O pedacinho de terra, localizado na província La Romana, ocupa numa área de 42 mil hectares de preservação ambiental e tem cerca de 300 moradores que vivem, de alguma forma, do turismo - com a pesca, venda de artesanato e produtos locais como água e óleo de coco.
De lá, partimos para La Palmilla, piscinas naturais com lindas estrelas do mar - aos que não conseguem ir ao Caribe por falta de tempo ou dinheiro, um pulinho em Morro de São Paulo nas piscinas naturais de Garapuá e Moreré têm a mesma água cristalina e de temperatura agradável.
Como já disse outras vezes, adoro o mar - e hoje mais do que nunca, vivendo numa cidade cercada por ele. Meu primeiro mergulho foi em Natal. Depois, conheci as belezas de Cozumel de snorkel e dessa vez, uma caminhada no fundo do mar do Caribe, isso mesmo, o mergulho de escafandro permite encostar o pé no chão e contemplar as belezas do silencioso mundo dos peixes! Uma experiência incrível que só mesmo a física pra explicar o funcionamento do equipamento que pesa cerca de 8kg na água e é acoplado à vácuo na nossa cabeça.
Mas a República Dominicana é mais que natureza. É alegria, ensinamento.
É voltar pra casa com a lição de um povo que por três séculos sofreu com a dominação espanhola, francesa, haitiana e americana e que ainda carrega o brilho nos olhos.
Um povo que sorri, simples e facilmente, mas que toca a alma.
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