As obras de duplicação da ERS-509 (Faixa Velha de Camobi) mal começaram e já correm o risco de parar. É que três sítios paleontológicos que ficam em um trecho de 4,3 quilômetros da estrada (entre o Trevo do Kastelinho e a Igreja do Amaral) podem ser prejudicados com a duplicação. Por isso, o Ministério Público (MP) abriu um inquérito civil para investigar os impactos ambientais da obra.
O problema todo começa no fato que a obra não teria um laudo paleontológico, que é um estudo mais detalhado a respeito das consequências da construção. Essa análise é uma das exigências do MP, que abriu a investigação depois de denúncias de irregularidades no licenciamento da obra. Os supostos problemas foram apontados por moradores que são vizinhos da Faixa Velha.
Como parte da investigação, o MP solicitou a requisição da Licença de Instalação, emitida pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), e informações ao Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer). Além disso, secretários de diligências do MP devem verificar o local e fazer um levantamento fotográfico da área.
A Comissão Comunitária Provisória de Acompanhamento da Duplicação da ERS-509 e a Sociedade Amigos do Bairro São José (que, em 2012, já haviam se mostrado insatisfeitos com a construção do viaduto previsto no projeto) irão apresentar à Promotoria de Justiça um estudo sobre as implicações da obra para a comunidade.
Além disso, os grupos pretendem apontar alternativas para que o empreendimento seja feito sem causar tanto impacto ambiental, social e econômico.