Sete em cada dez municípios gaúchos têm gestão fiscal considerada excelente ou boa, apontou estudo divulgado pelo Sistema Firjan (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro).
Os dados, relativos a 2011, apontam que 66,2% dos municípios brasileiros não administram seus recursos de forma satisfatória, e só 1,6% têm alto grau de eficiência na gestão fiscal.
> Confira os resultados no Brasil e no RS
Criado para avaliar a administração do dinheiro público nos municípios a partir de estatísticas oficiais disponíveis, o Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF) é composto por cinco indicadores: receita própria, gastos com pessoal, investimentos, custo da dívida pública e liquidez/restos a pagar.
Na pesquisa, o RS também se destaca por ter o maior número de prefeituras com nota máxima no índice que avalia a capacidade de investir. Em relação à avaliação anterior, feita com base em informações de 2010, todos os municípios entre os 10 melhores do Estado avançaram. Além disso, essas cidades figuram entre os cem melhores resultados do país.
De acordo com a pesquisa, o RS é o Estado com maior número de prefeituras entre as 500 mais bem avaliadas do país. Por outro lado, entre os 10 gaúchos piores colocados, a falta de liquidez e o alto comprometimento do orçamento com gastos com pessoal foram os principais problemas. Chamou a atenção, ainda, a dificuldade para fazer o pagamento de juros e amortizações.
Dentre as 10 cidades com melhor resultado no país, há uma gaúcha: Caxias do Sul, em 8º lugar. Com índice de 0,7839, Porto Alegre conquistou o 5º lugar entre as capitais brasileiras e o 22º entre os municípios do Estado.
No Brasil, o município com melhor resultado foi Poá (SP), com 0,9618. No outro extremo está Belém de São Francisco (PE), com 0,0606. O estudo também apontou que apenas 113 cidades do país (2,2%) foram capazes de gerar ao menos 50% de suas receitas. Dos 500 piores do ranking nacional, 72,2% pertencem ao Nordeste.
Comparado à edição anterior, o índice nacional teve crescimento médio de apenas 0,3%, o que demonstra que os municípios brasileiros praticamente não evoluíram no que diz respeito à gestão de suas contas, permanecendo em situação fiscal considerada difícil.
Outra constatação da pesquisa é que, se por um lado os dados mostram a redução dos gastos com pessoal, de outro revelam que a folga no orçamento não foi direcionada aos investimentos, e sim para reforçar o caixa dos municípios.
Que índice é este?
- O índice de gestão fiscal foi criado pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) para avaliar a administração do dinheiro público com base em dados oficiais do Tesouro Nacional.
- É composto por cinco indicadores: receita própria, gastos com pessoal, investimentos, custo da dívida pública e liquidez/restos a pagar.
Como ler
- O índice varia de 0 a 1. Quanto maior, melhor a gestão fiscal.
Universo
- 5.164 municípios (96% da população).
Como é a classificação
Conceito A
- Gestão de excelência: 0,8 a 1,0
Conceito B
- Boa gestão: 0,6 a 0,8
Conceito C
- Gestão em dificuldade: 0,4 a 0,6
Conceito D
- Gestão crítica: 0 a 0,4