O secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, esteve na tarde de quinta-feira na sede da Divisão de Homicídios (DH), na Barra da Tijuca, para saber como estão as investigações a fim de esclarecer o desaparecimento do pedreiro Amarildo de Souza, de 47 anos.
Amarildo desapareceu após ser levado por policiais militares para a Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Favela da Rocinha, no dia 14 de julho.
Beltrame disse, depois de se reunir com o delegado Rivaldo Barbosa, titular da DH, que fatos como esse não podem manchar o projeto das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). O secretário declarou ainda, que, se a Divisão de Homicídios achar necessário, poderá fazer a reconstituição do crime para acompanhar toda a trajetória dos passos de Amarildo, desde que foi detido pelos policiais da UPP até a sua liberação, como informaram os militares em depoimento à polícia.
Ele disse que existem várias linhas de investigação, mas não quis dar detalhes para não atrapalhar o trabalho da polícia. Beltrame ressaltou que, se tiver policiais militares envolvidos, eles serão identificados e entregues à Justiça.
- Nós temos que verificar como tudo aconteceu. Se houve uma falha técnica. Se há um laudo, como tudo aconteceu, não em decorrência de um evento, mas por uma outra motivação. Todas essas provas estão sendo carreadas para dentro do inquérito. Eu quero dizer à sociedade, mais uma vez, que, por mim, não é problema. Se forem policiais, não tenham dúvidas que serão apontados e, se forem outras pessoas, serão autuadas e entregues à Justiça para que também paguem pela prática do ato que fizeram - disse.
O secretário José Mariano Beltrame disse também que, em princípio, não pretende afastar o comandante da UPP da Rocinha, major Edson Santos, e que uma decisão como essa "tem que ser baseada em critérios".
Sem resposta
"Temos que verificar como tudo aconteceu", afirma Beltrame sobre o caso do pedreiro Amarildo
Secretário afirma que esse caso não pode manchar o projeto das UPPs
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