Eduardo Matos
O comandante interino do 9º Batalhão da Brigada Militar propôs que as casas noturnas do Centro Histórico de Porto Alegre fechem às três e meia da madrugada, com tolerância até às quatro. A proposta do Major André Luiz Córdova foi apresentada durante audiência pública na noite desta quinta-feira para discutir o funcionamento dos estabelecimentos.
"A partir dos estudos conseguimos confirmar que depois das quatro horas da madrugada estava uma situação muito difícil a partir dos delitos que vinham acontecendo no entorno dos estabelecimentos", revela o major.
O secretário municipal da Indústria e Comércio, Humberto Goulart, considerou a proposta adequada e levou à votação, sendo aprovada por maioria apertada, já que havia divisão de empresários e moradores.
"Pelo que mostrou a Brigada cientificamente as coisas se dão entre as quatro e meia da manhã às oito da manhã", destaca o secretário.
Representando os empresários, Olivar Schneider contesta a proposta.
"Isso não foi debatido. As casas noturnas em Porto Alegre hoje não têm limitação de horário. A proposta é ilegal", reclama o empresário.
O presidente da Associação Comunitária do Centro Histórico, Paulo Guarnieri, apoiou a iniciativa e fez uma observação.
"Não se culpa os estabelecimentos pelas mortes, pela violência urbana. Só que elas ocorrem no entorno desses estabelecimentos", lamenta Guarnieri.
A proposta agora será discutida pela Secretaria Municipal da Indústria e Comércio.