Juliano Rodrigues
A primeira parte do raio X das rodovias pedagiadas do Estado, elaborado pelo consórcio Dynatest-SD, apontou que 30% das estradas necessitam de obras emergenciais.
O estudo, que custará ao governo R$ 7,4 milhões, analisou as condições estruturais de quase 2 mil quilômetros da malha viária e servirá como base para o planejamento de um novo modelo de pedágios a partir de março de 2013, quando terminam os contratos atuais.
Amparado no levantamento, que foi apresentado nesta quarta-feira ao Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o conselhão, o governo pretende reduzir a tarifa cobrada em 11 polos a partir do ano que vem, além de duplicar alguns trechos das rodovias.
- Há a possibilidade de uma redução de, no mínimo, 20% nas tarifas. Também podemos duplicar de 30 a 40 quilômetros a cada 200 quilômetros pedagiados - explicou o secretário executivo do conselhão, Marcelo Danéris.
Para a cúpula do Piratini, o levantamento técnico indica que a conservação das estradas por parte das concessionárias é precária. O governo também pretende usar o laudo como instrumento em disputas judiciais com as empresas, que pedem indenizações ao Estado devido a um suposto desequilíbrio financeiro causado nos contratos durante os 15 anos de vigência.
A consultoria também analisa se os investimentos previstos contratualmente foram cumpridos pelas empresas, mas essa parte do trabalho ainda não foi concluída. Mesmo assim, Danéris se antecipou e criticou o modelo que será herdado pela Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), que assumirá as estradas estaduais, enquanto a União retomará as federais.
Estudo deve balizar elaboração de editais
- Pelo menos 53% da malha concedida tem um período de vida útil muito baixo, em torno de três a cinco anos, o que significa que os níveis de investimento são baixíssimos, o suficiente só para suportar o tempo de concessão - apontou Danéris.
A partir do estudo divulgado, o governo pretende iniciar nos próximos dias a elaboração de editais para a restauração e manutenção das estradas estaduais.
- A ideia é que uma empresa já esteja contratada para isso quando a gente assumir as rodovias (em março de 2013) - explicou o chefe da Casa Civil, Carlos Pestana.
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