Olhos azuis, longa cauda e cara vermelha. O novo habitante do Gramadozoo chega para fazer companhia a três fêmeas de macaco-aranha que estavam esperando por um macho havia dois anos e meio.
O primata foi trazido de um zoológico de Santa Catarina e chega com pompa de galã ao novo hábitat. Segundo o veterinário Renan Stadler, o macaco-aranha-de-cara-vermelha é uma espécie muito ameaçada de extinção. Com a chegada do macho, o zoo espera reproduzir em cativeiro a espécie, que é originária da Amazônia e do Pantanal.
- Os estudos de reprodução em cativeiro servem de parâmetro para pesquisas sobre os animais de vida livre - afirma Stadler.
O veterinário explica que o macho deve escolher uma das fêmeas para formar o casal dominante do grupo. Na natureza, os macacos-prego vivem em bandos de sete a 10 animais. O macho vai escolher uma das fêmeas para formar o casal alfa, mas pode acasalar com todas, diz Stadler.
Ainda em fase de adaptação, o macaco passou por exames de rotina antes de ser solto no recinto. Mas o novo habitante ainda está um tanto tímido em meio às novas companheiras.
- Eles ainda estão tendo os primeiros contatos, mas a adaptação é boa - conta Stadler. Segundo o veterinário, o macaco-aranha é um dos primatas mais ágeis. Stadler explica que, apesar de não ter o dedo polegar, a espécie tem muitas habilidades e recursos, como a longa cauda preênsil, utilizada como quinto membro e que facilita a vida no topo das árvores.
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