O Brasil sempre teve bons nadadores (esse é o quarto esporte que mais trouxe medalhas olímpicas ao país): Tetsuo Okamoto, o primeiro medalhista, bronze nos 1.500m em Helsinque/1952; Manuel dos Santos, recordista mundial dos 100m livre em 1961; Djan Madruga, cinco finais olímpicas em Montreal/1976 e Moscou/1980; Ricardo Prado, o grande nome dos anos 1980; Gustavo Borges, quatro vezes no pódio entre Barcelona/1992 e Sydney/2000; Fernando Scherer, sete títulos em Pan-Americanos na década de 1990.
Mas nunca teve um campeão olímpico.
Até que surgiu Cesar Cielo.
Em Pequim/2008, o nadador paulista ganhou o ouro na prova dos 50m livre e o bronze nos 100m. Hoje com 25 anos, Cielo é um dos maiores ídolos do esporte nacional e o principal velocista do planeta - pertencem a ele os recordes mundiais nos 50m e nos 100m.
Em Londres, o brasileiro encontrará um ambiente propício para voar nas águas - a piscina olímpica foi construída para aumentar a velocidade dos nadadores. O projeto buscou minimizar ao máximo a formação de ondas na água. As bordas, ao invés de serem erguidas em forma de muros, foram feitas com uma canaleta, que escoa a água e impede que ela bata na lateral e volte para o centro.
Os organizadores dos Jogos construíram 10 raias, mas somente utilizarão oito. Estão descartadas as duas laterais, que sofrem com maior formação de ondas pela proximidade das bordas. A temperatura da água será de 26ºC, de três a quatro graus mais frias do que em uma piscina comum. A água fria é mais densa e facilita o nado.