Pelo menos cinco pessoas morreram e outras 17 ficaram feridas, segundo a Cruz Vermelha colombiana, em um atentado com carro-bomba, nesta terça-feira em Bogotá, contra Fernando Londoño, ex-ministro do Interior do governo de Álvaro Uribe.
- A informação que temos é de cinco pessoas mortas, 17 feridos, 7 veículos atingidos - informou Carlos Giraldo, diretor de proteção da Cruz Vermelha colombiana.
Pouco antes, em discurso proferido no palácio presidencial, Santos disse que se tratou de um atentado contra o ex-ministro.
- Acabo de tomar conhecimento que o senhor Fernando Londoño foi alvo de um atentado. Ele viajava em seu automóvel blindado. Felizmente, o senhor Londoño se encontra estável, no hospital. Infelizmente morreram seu motorista e um agente da polícia - acrescentou.
O ataque aconteceu pouco após as 11h locais (13h de Brasília) na avenida Caracas, esquina com rua 74, região onde ficam muitas empresas e universidades, com presença constante de pedestres, especialmente estudantes. Imagens de TV mostravam uma série de veículos danificados pela explosão, entre eles um furgão verde cujo teto foi levantado.
- Quero condenar da forma mais enérgica este atentado. Não entedemos qual é o seu propósito, mas tenham a absoluta certeza de que o governo não vai se deixar desestabilizar por estes atos terroristas - enfatizou Santos.
- Vamos continuar com nosso caminho e vamos fazer todas as investigações que forem necessárias para encontrar o paradeiro dos responsáveis por este atentado. O terrorismo não vai nos intimidar de forma alguma. Ao contrário, nos enche de coragem para seguir adiante - afirmou.
Londoño foi o primeiro ministro do Interior do ex-presidente Uribe (2002-2010). Horas antes, a polícia informou ter desmontado um carro-bomba carregado com 38 quilos de explosivos e dois de munição na zona sul de Bogotá. Em 12 de agosto de 2010, dois dias depois da posse do presidente Juan Manuel Santos, um carro-bomba explodiu de madrugada, também no norte de Bogotá, deixando nove feridos leves e alguns danos materiais. Este ataque foi atribuído à guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC, marxistas), a principal da Colômbia, com 9.200 combatentes.