O Titanic nasceu como um ícone da Belle Époque europeia. Um momento no qual a humanidade acreditava que o alto desenvolvimento científico, aliado à potência do vapor e à resistência do aço, poderia levar a um progresso sem limites. Em 1912, o naufrágio do gigante concebido como um prodígio antecipava em dois anos o fim do otimismo no futuro que começara na metade do século anterior e seria sepultado definitivamente pelo morticínio da I Guerra Mundial, em 1914.
É por isso que, mesmo há cem anos no fundo mar, o Titanic ainda navega em nosso imaginário. Representa uma ferida no ego da humanidade incapaz de cicatrizar.
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