Focado em duas decisões nos próximos seis dias, o presidente colorado Giovanni Luigi precisa de tempo, também, para acompanhar de perto o Caso Oscar. Nas partidas contra Fluminense e Grêmio, tal qual torcedores e o próprio jogador, gostaria de contar com o meia, impedido de entrar em campo devido a um trâmite jurídico que o envolve com o São Paulo.
Luigi é categórico ao afirmar que não enxerga o imbróglio como uma ameaça do São Paulo Futebol Clube ao Inter, principalmente depois de o clube paulista não ter aceitado a proposta próxima de R$ 10 milhões oferecida pelos gaúchos em reunião que durou quatro horas, há duas semanas, em São Paulo, entre dirigentes. Acredita, no entanto, que os paulistas "jogam com o tempo". E não teme uma brusca mudança de ideia de Oscar quanto à possibilidade de retorno ao Morumbi.
- Não vejo o São Paulo ameaçando o Inter, mas sim jogando com o tempo. O São Paulo sabe que tem Olimpíada, que o jogador está pré-selecionado, que este é o grande objetivo dele, ou seja, está conseguindo amarrar o máximo possível e deixando o atleta com uma pressão piscológica e moral muito grande, pensando que assim possa mudar de ideia. Isso não vai acontecer - declarou Luigi, após deixar o estúdio da Rádio Gaúcha, onde participou do programa Show dos Esportes, segunda à noite, com os jornalistas Luciano Périco e Cleber Grabauska.
Certo de que o jogador está com a cabeça no Inter, Luigi aguarda um veredicto ainda esta semana no Tribunal Regional do Trabalho (TRT/SP), o que pode acontecer já nesta quarta-feira, dia da partida de ida pelas oitavas de final da Libertadores contra o Fluminense, no Beira-Rio.
- O TRT deve ter reunião plenária e definir esta questão. Aguardamos que esta semana ainda haja audiência na questão Oscar, independente do Inter entrar como parte. Fundamentalmente, esperamos que haja audiência e saia o veredicto. Ou o Oscar vence a questão e pode exercer sua profissão ou, se for contra, pode ser levada ao TST, em Brasília. E aí estarão aptos a fazer o julgamento - disse.
Giovanni Luigi ainda teceu elogios à maneira como Oscar encara o imbróglio. Destaque nos treinos, cuida da parte física e mental de forma exemplar. Para o presidente colorado, o meia "vive para a profissão e tem um futuro brilhante pela frente".
- Ele tem 20 anos, mas tem uma cabeça extraordinária. É um menino muito focado, determinado, gosta do que faz, sabe que tem um futuro brilhante pela frente. Confia e tem um compromisso com o Internacional, um contrato que vem sendo cumprido. Gosta daqui e não quer sair. Está adaptado à torcida, à cidade, ao clube. E compreende a situação. Temos que aguardar. Depois de resolvida a questão, ele vai ter uma carreira extremamente profissional - conclui Luigi.