A pioneira negra da ópera, a soprano Camilla Williams, morreu este fim de semana em Bloomington, no Estado americano de Indiana, aos 92 anos.O comunicado de sua morte foi expedido por seu advogado, Eric Slotegraaf, segundo o qual a cantora faleceu no domingo, devido a complicações decorrentes de câncer.
O porta-voz da Escola Jacobs de Música da Universidade de Indiana, Alain Barker, afirmou que ela foi a primeira mulher negra a se apresentar com uma das grandes companhias de ópera nos Estados Unidos. Camilla estreou em 15 de maio de 1946, com a Ópera da Cidade de Nova York, no papel de Madame Butterfly, na ópera homônima de Puccini. Ela também viveu grandes personagens femininos do repertório operístico, como a Nedda de I Pagliacci, de Leoncavallo, a Mimi de La Bohème, outra vez de Puccini, e o papel-título da Aída, de Giuseppe Verdi.
Camilla Williams nasceu em Danville, no estado da Virgínia, em 18 de outubro de 1919, filha de um motorista e neta de um cantor e líder de coro. Aos oito anos, ela já cantava na Igreja Batista do Calvário, em sua cidade natal. Foi também a primeira professora negra de canto da Universidade de Indiana, na qual ingressou em 1977. Ela estava aposentada desde 1997.
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