A operação realizada na manhã desta quinta-feira (noite de quarta no Brasil) para tentar resfriar os reatores da usina de Fukushima, no Japão, não surtiram os efeitos esperados, segundo a empresa Tokyo Electric Power (Tepco), responsável pela operação no complexo nuclear. Os níveis de radiação seguem altos.
Helicópteros da Marinha japonesa foram usados para lancarem água sobre os reatores 3 e 4. Em quatro ações, mais de 7 mil litros de água foram usados, de acordo com o governo japonês.
Na tarde de quinta-feira (noite de quarta no Brasil), a Tokyo Electric Power (Tepco), operadora da central nuclear de Fukushima, informou que concentra seus esforços em restaurar o fornecimento de energia para reativar as bombas d'água do sistemas de resfriamento dos reatores da usina.
A crise nuclear no Japão teve origem no corte de energia após o tsunami de sexta-feira passada, que paralisou, inclusive, os geradores de emergência da usina de Fukushima 1, derrubando o sistema de refrigeração dos reatores atômicos. A queda no sistema de resfriamento provocou a evaporação da água e o risco de exposição do material radioativo nos reatores. Quatro explosões e dois incêndios já ocorreram na usina, em meio a crescentes níveis de radiação.
A TEPCO está reparando as linhas de energia da Tohoku Electric Power Co., que abastecem a região, para ligá-las ao sistema de transmissão elétrica em Fukushima.
- Com o trabalho completo, teremos a capacidade de ativar várias bombas elétricas e jogar água nos reatores e nas piscinas de combustível nuclear usado -, destacou o porta-voz.
Cerca de 70 homens utilizam bombas de baixa capacidade para resfriar os reatores de Fukushima, com eletricidade de caminhões geradores.
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