
Após a repercussão nas redes sociais da apreensão de materiais com manifestações políticas durante a Olimpíada, a organização do evento esclareceu que a Lei dos Jogos Olímpicos restringe o uso de cartazes, bandeiras, camisetas, símbolos e quaisquer tipos de manifestações políticas, racistas, xenófobas ou que estimulem a discriminação.
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Também são proibidos objetos que possam ser usados em protestos, como cordas, algemas e faixas. Em entrevista ao Gaúcha Repórter nesta segunda-feira (8), o diretor de comunicação do Comitê Olímpico do Rio 2016, Mario Andrada, relatou que, nos dois primeiros dias de competição, foram registradas algumas ocorrências de materiais recolhidos.
– Foi apreendido pouca coisa, três, quatro apreensões. Depois disso, o pessoal percebeu que não tem espaço. Somos a favor da democracia sempre. A gente teve ótimo relacionamento com todo tipo de manifestação, seja a favor, contra, durante a preparação dos jogos. Mas agora é hora do esporte falar – destacou.
A restrição a manifestações durante a Olimpíada foi confirmada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2014, quando a Corte foi provocada pelo PSDB a se manifestar sobre artigo semelhante de uma lei que tratava da Copa. O entendimento dos ministros do STF é de que a proibição não desrespeita a Constituição Federal.
*RÁDIO GAÚCHA