
Existem poucas pessoas no mundo que não gostam de futebol. Uma delas, com certeza, não é o novo prefeito de Nova York. Eleito na terça-feira (4) para assumir uma das maiores cidades do mundo, Zohran Mamdani é um aficionado pelo "soccer" em um país em que o "football" é outro esporte.
Nascido em Uganda, na África, o recém-eleito prefeito de Nova York tem 34 anos e se apaixonou, ainda na infância, pelo Arsenal, de Arsene Wenger. Foi apresentado ao time inglês por seu tio e foi criado em uma época que os Gunners viviam uma grande fase — conquistou três títulos da Premier League entre 1998 e 2004. A relação também tem a ver com as suas raízes.
— Wenger foi um dos primeiros técnicos a realmente trazer jogadores africanos para a Premier League. Eu cresci com Kolo Touré, Kanu, Alex Song, Lauren e Emmanuel Eboué. Eu tinha ímãs de geladeira com os Invencíveis (o time do Arsenal que ganhou o título da Premier League invicto). Fui a alguns jogos do Arsenal, muitos com meu tio. O clube realmente tem sido uma parte importante da minha vida e da minha identidade — contou ao New York Times recentemente.
Futebol durante a campanha política
Mesmo na correria pela campanha para assumir o cargo de prefeito de Nova York, Mamdani não deixou de acompanhar o Arsenal. Assessores contaram ao jornal que ele assistia lances dos jogos da equipe no carro, entre um evento e outro.
Mamdani também pediu ao redator de discursos, Julian Gerson, para incluir referências a Bukayo Saka e William Saliba, seus jogadores favoritos do elenco atual do Arsenal.
Pedido à Fifa
Usando sua voz como agente político, Mamdani também fez uma petição à Fifa para que a entidade mudasse a sua política de preços dinâmicos nos ingressos para a Copa do Mundo do ano que vem, que será disputada nos Estados Unidos, no Canadá e no México, e solicitou a reserva de 15% dos ingressos para residentes locais.
Quem é Zohran Mamdani
Nascido em Uganda, Mamdani é muçulmano e tem 34 anos. Deputado estadual no Estado de Nova York desde 2021, mudou-se para os Estados Unidos ainda criança.
Ganhou popularidade nas redes sociais, utilizando linguagem voltada especialmente aos jovens. Socialista autodeclarado, é contra a guerra na Faixa de Gaza e pró-Palestina.
É acusado por opositores de ser "extremista de esquerda". Seu perfil menos centralista causou desconforto interno no Partido Democrata antes da eleição: alguns líderes não apoiaram sua candidatura, enquanto Andrew Cuomo deixou a sigla para concorrer independentemente.




