
Um fenômeno. Um dos maiores da história do esporte. Um gênio em sua prova. Imbatível. Um atleta sem limites. Quantas palavras podem definir o sueco Armand Duplantis?
A resposta definitiva está distante. Mas todos os adjetivos usados para falar sobre o atleta de 25 anos, que nesta segunda-feira (15) quebrou o recorde mundial do salto com vara pela 14ª vez em sua carreira parecem ser incapazes de atingir o que ele tem feito.
Em Tóquio, era o favorito ao terceiro ouro em um Campeonato Mundial e não decepcionou os mais de 60 mil torcedores que lotaram o Estádio Olímpico, local onde em 2021 ele havia conquistado a primeira de suas duas medalhas de ouro olímpicas.
Duplantis fez uma prova quase perfeita e foi superando, sempre na primeira tentativa, as marcas de 5m55cm, 5m85cm, 5m95cm, 6m, 6m10cm (que lhe garantiu o título) e 6m15cm. Mas para provar que é humano, errou as duas primeiras tentativas de 6m30cm, um centímetro a mais que o atual recorde mundial estabelecido por ele no dia 12 de agosto em Budapeste.

Quando as câmeras o mostraram no telão do estádio e na transmissão internacional, Mondo, apelido que ganhou de um amigo italiano da família e, em tradução simples, significa mundo, fez um gesto que ficou famoso com o português Cristiano Ronaldo, com as palmas das mãos apontando para baixo e pedindo calma.
O recado foi entendido por todos no mundo. E após cinco minutos de espera, ele correu para buscar a nova marca. E precisamente às 10h48min (de Brasília) voou nos céus de Tóquio e, após um leve toque no sarrafo, aterrissou no colchão de espuma. Os 6m30cm estavam superados.
Um catarse coletiva tomou conta do Estádio Olímpico de Tóquio, com o público de pé aplaudindo Duplantis e todos os atletas que participaram da prova se abraçando para comemorar a história.

O grego Emmanouil Karalis levou a prata com exatos 6 metros e o australiano Kurtis Marschall garantiu o bronze com 5m95cm, igualando a melhor marca de sua carreira.





