
A atmosfera de Copa do Mundo agora chegou de forma definitiva ao Mundial de Clubes. A comunidade latino-americana dos Estados Unidos até gosta de futebol, mas se movimenta mesmo é para acompanhar os gigantes europeus, especialmente o Real Madrid.
O jogo contra o Borussia Dortmund levou mais de 76 mil torcedores ao MetLife. Após o jogo, centenas de torcedores comemoraram a vitória comendo churrasco no estacionamento do estádio. O shopping ao lado da praça esportiva ficou lotado depois do jogo como não ocorreu em nenhuma partida dos times brasileiros na fase de grupos.
A semifinal de quarta (9), entre Real Madrid e PSG, promete sacudir a região de Nova York e Nova Jersey.
Agora sim, o clima de Copa chegou ao país da próxima Copa.
Cada estádio, uma regra

Fica difícil entender qual o protocolo do Mundial de Clubes no que diz respeito à segurança. Cada sede tem uma regra diferente.
No MetLife, em Nova Jersey, tanto em dia de jogo quanto em dia de entrevistas oficiais, a imprensa não precisa retirar celulares e objetos metálicos do bolso. Basta colocar as mochilas no raio-X.
Já no Hard Rock, em Miami, além do raio-X, é preciso esvaziar os bolsos e passar por um detector de metais no dia da partida. Quando há apenas entrevistas, porém, sequer raio-X tem. É só mostrar a credencial e entrar.
No Lincoln Field, da Filadélfia, por sua vez, o protocolo é o mais rigoroso possível. Não importa se tem jogo ou não, sempre tem raio-X, detector de metais e ainda um cão farejador que cheira a mochila de todos os jornalistas.
O Camping World, em Orlando, é um caso à parte. Por falta de conhecimento dos fiscais do portão, entrei sem passar em raio-X ou detector de metais e sequer tive a minha credencial escaneada.
Zona mista bagunçada (de novo)

O atendimento à imprensa nas entrevistas pós-jogo é de longe o ponto mais desastroso deste Mundial de Clubes. Após a vitória do Real sobre o Borussia Dortmund, havia uma legião de jornalistas posicionados no "cercadinho" onde estavam previstas as entrevistas em espanhol. Já no setor dedicado à imprensa de língua estrangeira, havia menos repórteres.
Onde a Fifa disponibilizou sistema de som? No "cercadinho" onde havia menos gente. O outro, como de praxe, virou uma bagunça, com perguntas na base da gritaria e respostas de atletas impossíveis de se ouvir.
Além disso, falam apenas três jogadores por time, e a assessoria de imprensa do Real Madrid deixa cada atleta no máximo três minutos à disposição dos jornalistas. Os clubes brasileiros, por exemplo, costumam deixar os atletas respondendo perguntas por até sete minutos.
Para a Copa do Mundo de 2026, é bom que a Fifa reveja este protocolo fracassado.