
Ao contrário das coletivas concedidas nos tempos de Grêmio, Renato Portaluppi abriu mão das frases de efeito e das declarações folclóricas.
Na entrevista oficial antes da estreia no Mundial de Clubes, nesta terça (17), contra o Borussia Dortmund, o técnico do Fluminense deu ênfase às questões táticas da partida, garantiu um time ofensivo contra os alemães e lamentou o clima de East Rutherford, em Nova Jersey.
Afinal, a cidade, que sediará a partida vem registrando uma temperatura de 17°C, além de chuva fina e brisa gélida — condições climáticas às quais os europeus estão mais acostumados do que os brasileiros.
— Estava falando com o grupo que a gente poderia tirar proveito do calor, mas infelizmente nem o tempo nos ajudou. A gente poderia ter se beneficiado neste sentido, com sol, já que o nosso adversário joga sempre num país que é bastante frio. Vai estar praticamente no nível que eles costumam jogar — lamentou Renato.
Estratégia definida
Ainda assim, o comandante tricolor aposta na posse de bola para cansar os alemães, que estão em final de temporada.
— A gente sempre vai tomar cuidado na parte defensiva, mas, sem dúvida alguma, com bola a gente vai jogar. Temos que saber valorizar a bola. Não adianta só ficar tentando se defender. Não é meu estilo — garantiu.
Renato reforçou ainda que o Fluminense manterá a postura ofensiva que colocou a equipe na parte de cima da tabela do Brasileirão.
— O meu time sempre vai jogar para ganhar. É dessa maneira que eu trabalho o meu grupo, não só aqui no Fluminense, mas nos demais clubes onde trabalhei, independentemente da competição ou do adversário. E, acima de tudo, com muita coragem. Eu preparei minha equipe com muita coragem para jogar da mesma forma como a gente tem jogado no Brasil — afirmou.
Bola aérea adversária
Ciente da boa estatura dos atletas do Borussia Dortmund, Renato também revelou que treinou intensamente a bola parada defensiva, já prevendo dificuldades nas jogadas aéreas:
— A jogada sempre muito forte dessas equipes europeias, principalmente, é a bola aérea. E esse é um cuidado que a gente vai ter que ter bastante. Porque é uma equipe bastante alta. Treinei bastante esse aspecto, principalmente a bola parada — afirmou.
Para o técnico, o Fluminense tem condições de superar o Borussia Dortmund, mesmo que, para a maior parte da imprensa internacional, o favoritismo esteja do lado europeu.
— Muita gente acha que os clubes europeus são favoritos pela condição financeira, por terem os melhores jogadores. Mas nem sempre o favorito ganha. Com a bola, vamos jogar como sempre: como um time grande, com coragem, personalidade e em busca do resultado — finalizou.