
Daniel Cargnin estreia no Campeonato Mundial de Judô, neste domingo (15). A competição acontece em Budapeste, na Hungria e o gaúcho de 27 anos busca sua segunda medalha na competição, após o bronze em 2022 em Tashkent, no Uzbequistão.
Medalhista de bronze em Tóquio-2020 na categoria meio-leve (66 kg) e bronze por equipes em Paris-2024, quando já competiu no peso leve (73 kg), o judoca da Sogipa vem de um período onde sofreu algumas lesões e iniciará na Budapest Sports Arena seu novo ciclo, de olho em um lugar no pódio em Los Angeles-2028.
Em outubro de 2023, Daniel fraturou a fíbula do tornozelo esquerdo na semifinal dos Jogos Pan-Americanos de Santiago, o que prejudicou sua preparação olímpica. Após os Jogos de Paris, ele fez uma cirurgia no ombro esquerdo e também retirou uma placa que havia sido colocada em seu tornozelo.
— Eu acredito que o Cargnin chega competitivo neste Mundial. Ele fez uma preparação muito boa na Espanha. Esta será sua segunda competição no ano. Ele vem de duas cirurgias. Ele tirou uma placa do tornozelo e fez um procedimento no ombro e ficou 4 meses parado. Está numa fase boa, distante das lesões, recuperando sua forma física. O mais importante é voltar a competir em alto nível e o resultado é consequência da continuidade — disse o técnico da seleção brasileira masculina e da Sogipa, Antônio Carlos Pereira, em entrevista ao programa Gaúcha Olímpica, da Rádio Gaúcha.
Caminho para o pódio
Número 22 do mundo no ranking da categoria leve, Cargnin disputará seu quinto Mundial. Ele irá estrear contra o alemão Igor Wandtke, 29º na classificação da Federação Internacional de Judô (IJF).
Se vencer, irá encarar o montenegrino Jahja Nurkovic, 66º do ranking. Caso avance para as oitavas de final enfrentará o vencedor do confronto entre o kosovar Akil Gjakova, nono do mundo e que o derrotou na Olimpíada de Paris, e o romeno Ioan Dzitac (75º).
Nas quartas, o rival poderá ser o japonês Tatsuki Ishihara, quarto da classificação mundial. O cruzamento para a semifinal indica dois caminhos: o uzbeque Shakhram Ahadov, atual campeão asiático e número 3 do mundo, ou o georgiano Lasha Shavdatuashvili, ouro nos Jogos de Londres-2012 no meio-leve e que foi prata em Tóquio e bronze no Rio-2016 no leve, categoria onde venceu a edição 2021 do Mundial.
Meio-leve no sábado
O sábado (14) será o segundo dia de competições na Hungria e o Brasil terá dois judocas na categoria meio-leve.
Jessica Pereira, do Instituo Reação (RJ), competirá no feminino (52 kg). Ela ocupa a 19ª colocação no ranking da IJF e irá estrear na segunda rodada. Sua adversária será a kosovar Distria Krasniqi, número 2 do mundo e ouro olímpico em Tóquio e prata em Paris.
No masculino (66 kg), Ronald Lima irá começar na primeira fase. Seu rival será o azeri Ruslan Pashayev, 20º do ranking.
Ronald, 20 anos, é atleta do Pinheiros (SP), e atualmente é o número 14 do mundo.
— Fui sétimo em um Grand Slam, ouro no Campeonato Pan-Americano e ouro no Grand Prix da Áustria. Então, acho que estou tendo uma crescente boa no meu primeiro ano no sênior. Tive bastante treino com outras pessoas da minha categoria, competições também, e isso me deixa mais confortável para as minhas lutas. Acho uma das categorias mais duras, mas estou confiante — afirma um otimista Ronald.
Outra estreante em mundiais é a paranaense Shirlen Nascimento. A atleta de 25 anos, que defende o Sesi-SP e que é a 21ª do mundo, vai começar na segunda rodada do peso leve (57).
Sua primeira rival, no domingo, será a sul-coreana Mimi Huh, quinta do ranking.
As disputas em Budapeste vão seguir o mesmo modelo dos Jogos Olímpicos, com uma categoria feminina e uma masculina por dia. Já no último dia, sexta-feira (20), será a vez das equipes mistas.