
Vice-campeão no Mundial de Judô de Budapeste neste domingo, Daniel Cargnin precisou superar lesões para levar segunda medalha mundial de sua carreira.
Após os Jogos Olímpicos de Paris 2024, ele se afastou dos tatames por quase oito meses para tratar de contusões no tornozelo e no ombro. Voltou a competir em abril deste ano.
"Pé no chão"
— A gente costuma dizer que o Mundial, às vezes, é até mais difícil que a própria Olimpíada, porque pode dobrar algumas categorias — afirmou o judoca, medalhista de bronze individual nos Jogos de Tóquio, em 2021.
— Acho que, em relação a Los Angeles, agora é anter o pé no chão. No ciclo passado, quando eu medalhei no Mundial, eu já pensei em medalhar na Olimpíada também — completou ele, que ficou em 17º em Paris 2024.
— Eu estava pensando só no futuro e não aproveitava os momentos do presente, sabe? Então eu acho que agora é aproveitar essa medalha de prata. Eu acabei de perder a disputa ali, a final, mas é muita felicidade pela postura que eu tive dentro do tatame — afirmou ele, que foi derrotado pelo atual vice-campeão olímpico, o francês Joan-Benjamin Gaba.
— Tenho que me manter resiliente, porque as derrotas não podem ser o fim do mundo e a vitória também não pode ser o motivo de parar de treinar. Agora é colocar a cabeça no lugar para tentar ajudar a equipe o máximo possível na competição por equipes — disse o brasileiro, que foi bronze por equipes em Paris 2024.
Bronze
Estreante em Mundiais, Shirlen Nascimento conquistou o bronze após enfrentar uma chave dura, na qual estreou contra a sul-coreana Mimi Huh, atual vice-campeã olímpica e que defendia o título mundial.
— Peguei uma chave dura. Só que todo mundo me deu as dicas do que fazer, então pareceu até que foi um pouco fácil", afirmou a judoca de 25 anos. "Eu sempre venho me esforçando muito, e uma hora o resultado vem. Eu acho que eu estou num momento muito bom, eu venho melhorando a cada dia. Estou tendo muita ajuda também, o pessoal vem me ajudando bastante — completou.