
Será que teve crise no Chelsea? Após a entrevista do técnico do Flamengo, Filipe Luís, fiz questão de permanecer na sala de entrevistas do Lincoln Field para acompanhar a fala do treinador do Chelsea, Enzo Maresca.
Estava curioso para saber se a imprensa inglesa iria apertá-lo nas perguntas por conta da derrota por 3 a 1. A resposta é: sim e não.
Sim, porque a entrevista teve questionamentos incisivos. Houve pelo menos quatro perguntas mais duras sobre a expulsão do atacante Nicolas Jackson quando o jogo estava 2 a 1.
Os repórteres pareciam indignados com o cartão vermelho que colocou tudo a perder e pareciam cobrar do treinador alguma punição ao atleta. E Enzo Maresca não passou pano para o senegalês.

— Ele sabe que não foi bom para o time e pediu desculpas. A expulsão ocorreu quando estava 2 a 1 e tinha muito jogo pela frente. Nós estávamos no jogo e havia tempo para empatar ou virar. Mas o cartão mudou o jogo e aí ficou muito difícil. Mas, enfim, foi um cartão vermelho. Não há mais o que dizer — afirmou o técnico, nitidamente chateado com o seu jogador.
Porém, também é verdade que o Mundial de Clubes não parece ser a prioridade do Chelsea. Nitidamente as perguntas tinham como foco a situação de Jackson no clube para a próxima temporada.
Afinal, o senegalês já quase comprometeu a classificação do clube inglês para a próxima Liga dos Campeões ao ser expulso contra o Newcastle, na antepenúltima rodada da Premier League, que lhe rendeu três jogos de suspensão.
Além disso, Maresca admitiu que, contra o Flamengo, promoveu mudanças no time de olho na temporada seguinte.
— Tentamos fazer algo diferente hoje, também pensando na próxima temporada. Não estou dizendo que deu errado, mas sim que tentamos algo novo — explicou.
O Flamengo incomodou, mas não teve crise.