
— Como assim? Cadê o temporal?
Vários jornalistas fizeram essa pergunta ao mesmo tempo quando o telão do MetLife anunciou que o jogo entre Palmeiras e Al-Ahly estava sendo interrompido por um alerta meteorológico. Afinal, não estava caindo uma gota de água do céu.
Foi quando um colega que cobre com frequência o Flamengo relatou que algo semelhante havia ocorrido em um treino do clube carioca em Atlantic City, em Nova Jersey, no dia anterior.
É o protocolo americano. Quando cai um raio no perímetro de 13 quilômetros do estádio, o jogo precisa ser paralisado por pelo menos 30 minutos, até os raios cessarem.
O Alexander Pato (sic) marcou um dos gols daquele jogo, não?!
TORCEDOR DO AL AHLY
Sobre o confronto contra o Inter em 2006
"Alexander" Pato and Ceni?
Antes do jogo, conversei com alguns torcedores do Al-Ahly, e um deles lembrou da vitória colorada por 2 a 1 sobre os egípcios, na semifinal do Mundial de Clubes 2006.
— O Alexander Pato (sic) marcou um dos gols daquele jogo, não?! — perguntou, errando a pronúncia do nome do atacante revelado no Beira-Rio.
Na sequência, o amigo dele emendou:
— O Inter não tinha um goleiro que batia faltas? Um tal de Ceni?
Então, lembrei que Rogério Ceni na verdade tinha sido goleiro do São Paulo, campeão mundial em 2005.
Não tomei patada do Abel
Quem já entrevistou nomes Emerson Leão, Muricy Ramalho, Celso Roth e Vanderlei Luxemburgo fica calejado e acaba aprendendo que tomar patada de técnico em coletiva é algo que faz parte da profissão de repórter. Até porque, na maioria das vezes, a rispidez não é pessoal e sim fruto da tensão do cargo.
Ainda assim, fiquei curioso em saber qual seria a reação do técnico do Palmeiras, Abel Ferreira, à minha pergunta na coletiva pós-jogo. Afinal, o português costuma ser ríspido com os jornalistas, muitas vezes sem motivo algum. E era a primeira vez que eu o entrevistava.

Mas Abel anda bem "paz e amor" neste Mundial. Em toda coletiva, faz até brincadeiras com os repórteres. E, inclusive, respondeu sorrindo o meu questionamento sobre o meia Mauricio, ex-Inter. Ao menos por enquanto, o homem está calmo.
Gentileza da oficial da Fifa
Quando terminei o meu trabalho no MetLife, estava chovendo torrencialmente. Era impossível sair pelo portão da imprensa sem ficar ensopado.
Como as delegações de Palmeiras e Al Ahly já haviam deixado o estádio, a oficial da Fifa que coordenava as coletivas gentilmente me conduziu, ao lado de outros três colegas, por dentro do túnel restrito a técnicos e jogadores para que escapássemos da chuva.
— É só hoje, hein?! Não andem por aqui de novo — advertiu, de forma sorridente e simpática.
Gentileza, às vezes, não custa nada.