
O tenista sérvio Novak Djokovic, vencedor de 24 Grand Slams, abandonou a semifinal do Australian Open por lesão nesta sexta-feira (24), depois de perder o primeiro set para o alemão Alexander Zverev, que vai disputar a final daqui a dois dias.
O astro sérvio, 10 vezes campeão em Melbourne, entrou em quadra com uma bandagem na coxa esquerda, onde já havia tido um problema na rodada anterior, mas acabou desistindo de continuar na partida depois de perder o tie break do primeiro set.
Logo após deixar a quadra, o recordista de títulos do Aberto da Austrália foi alvo de vaias de parte da torcida. Zverev, então, saiu em defesa do ex-número 1 do mundo em sua entrevista ainda em quadra.
— Sei que todos pagaram pelos ingressos e que todos querem ver uma grande partida de cinco sets. Mas vocês precisam entender que Novak Djokovic é alguém que deu a esse esporte, nos últimos 20 anos, absolutamente tudo de sua vida — declarou.
Em sua coletiva de imprensa, Djokovic comentou que a dor em sua perna esquerda enfaixada estava "ficando cada vez pior". Ele sofreu a lesão na partida das quartas de final, contra o espanhol Carlos Alcaraz, na terça-feira. Na ocasião, ele buscou a virada apesar de demonstrar dores ao longo das duas primeiras parciais. Alcaraz chegou a ironizar a reação do sérvio após as dores, questionando se realmente haveria algum problema físico.
Nesta sexta, Djokovic revelou que não conseguiu treinar antes da partida contra Zverev.
— Não bati na bola (depois da partida contra Alcaraz) até uma hora antes da partida de hoje (sexta-feira) — disse o sérvio. — Fiz tudo o que podia para controlar a ruptura muscular que tive. Os remédios e, acho, a (fita) e o trabalho de fisioterapia ajudaram até certo ponto hoje. Mas, no final do primeiro set, comecei a sentir mais e mais dor e foi demais para mim. Foi um final infeliz, mas eu tentei.
O sérvio afirmou ainda que provavelmente não conseguiria seguir na partida se vencesse o set inicial.
— Eu sabia que, mesmo que eu ganhasse o primeiro set, seria uma grande batalha difícil para mim.
Djokovic buscava em Melbourne o seu 11º título do Aberto da Austrália e o 25º de Grand Slam, o que o tornaria o recordista absoluto de troféus de Major entre homens e mulheres. Questionado sobre um possível retorno ao torneio australiano em 2026, quando teria 38 anos, ele evitou garantir sua presença.
— Eu não sei, há uma chance, quem sabe. Tenho apenas que ver como a temporada vai. Quero continuar, mas eu não sei qual vai ser meu calendário para o ano que vem. Realmente gosto de vir para a Austrália, é onde tive o maior sucesso da minha carreira. Se estiver saudável e motivado o suficiente, não vejo por que não voltar — declarou.