
Os colombianos Edwin Cardona e Wilmar Barrios foram afastados temporariamente do Boca Juniors, nesta quarta-feira (17), depois de denúncia de agressões e ameaças feitas por duas mulheres.
— Houve álcool, agressão física e verbal e ameaça com uma faca dentro do elevador, além de privação ilegal de liberdade — disse o advogado das denunciantes, Juan Cerolini, ao canal C5N.
O também colombiano Frank Fabra não foi disputar amistoso contra o Aldosivi. O lateral é considerado testemunha do caso, que aconteceu no sábado em um apartamento do bairro de Puerto Madero, em Buenos Aires.
Os três colombianos fazem parte da seleção da Colômbia para a Copa do Mundo da Rússia.
— Não vamos ter pulso fraco para atuar da maneira correta — antecipou o presidente do Boca, Daniel Angelici. O clube não deu outra informação.
O clube de La Bombonera lidera o Campeonato Argentino, que retoma às competições no final de janeiro após pausa para o verão.
A reação dos jogadores foi negar as acusações:
— É uma extorsão. Meus clientes não participaram de nenhuma maneira dessas características — afirmou à C5N o advogado de ambos, Miguel Pierri.
— Aprendei que precisamos estar tranquilos, esperar as provas. É um tema que vamos acompanhar muito atentamente — declarou Angelici.
— Nunca vi estas mulheres na minha vida. É uma falta de respeito. Tenho uma família — disse Cardona à TyC Sports.
Barrios se somou ao companheiro para desmentir a acusação e afirmar que "tudo o que dizem é mentira. Pode ser uma extorsão".
Por outro lado, Cerolini disse que no apartamento "houve temor, choros, gritos e violência física".
Segundo a versão de Pierri, os jogadores foram ao apartamento onde trabalha um cabeleireiro de sua confiança.
— Existem pelo menos nove testemunhas do que realmente aconteceu — disse Pierri.
— A comissão técnica disse para continuar trabalhando, continuar focando os objetivos que temos adiante. Aí é onde as energias devem ser colocadas — detalhou Angelici.
Pierri acrescentou que um áudio que circula nas redes sociais com as vozes das mulheres e, supostamente, dos jogadores envolvidos "não tem nada a ver".
— Meus clientes estão a disposição da justiça — concluiu Pierri.
* AFP