
O Inter encerrou pesada sequência de quatro jogos sem vitória ao bater o Botafogo por 2 a 0, no Beira-Rio, no sábado (4).
Um triunfo do alívio — o primeiro da era Ramón Díaz — para se afastar do Z-4 e aliviar a pressão. Os gols foram marcados por Alan Patrick e Vitinho.
Zero Hora destaca três motivos que podem ter corroborado para a vitória colorada sobre os cariocas. Confira abaixo.
Ídolo pediu, torcida abraçou
No jogo anterior, no empate sofrido contra o Corinthians, o diretor colorado D'Alessandro embargou a voz, encheu os olhos de lágrimas e basicamente chorou pedindo que a torcida não abandonasse o time. Era o exemplo da pressão obre o Inter. A fala do ídolo surtiu efeito.
Empolgado pela torcida, que atendeu o pedido do ídolo e aproveitou as promoções de ingressos, o Inter começou no ataque, pressionando, forçando o Botafogo a espanar. Logo saiu o gol de Alan Patrick, com oito minutos de bola rolando. Ainda que longe dos seus melhores dias, com um público de 20.805 pessoas, o Beira-Rio pulsou antes, durante e após o segundo gol, o de Vitinho. Não é exagero dizer que a torcida levou o Inter à vitória. Após o triunfo, D'Alessandro agradeceu o torcedor.
Esquema inédito
Em seu terceiro jogo no clube, Ramón Díaz fez mudanças radicais na escalação. Nem esperou a pausa da data Fifa para treiná-las. A primeira providência foi trocar o desenho tático. Na ausência de Luis Otávio, lesionado, o técnico mandou a campo três zagueiros, Mercado, Vitão e Juninho, repetindo o trio que fez o segundo tempo contra o Corinthians. No meio, Thiago Maia voltou aos titulares. E no ataque, outra novidade, Vitinho formando dupla com Carbonero.
Estratégia ousada e certeira. Diferentemente do que ocorria nas partidas anteriores, o Inter passou a ter força pela direita. Bem como indica o resultado, o Colorado foi superior na partida.
Ataque mais móvel
A mudança do esquema parece ter gerado também uma mudança de anímico na equipe. Formado por Vitinho e Carbonero, o ataque colorado jogou mais leve. Sem a pressão que Borré - que entrou no segundo tempo - vinha convivendo.
Mais leve e com mais movimentação, que ficou clara no segundo gol. Carbonero recebeu de Thiago Maia e viu a movimentação perfeita de Vitinho. O atacante correu às costas de Alexander Barboza, recebeu no espaço e teve muita calma para tirar do goleiro
Ao final, na saída de campo, Vitinho e Carbonero concederam entrevista juntos, leves, soltos, aliviados.
Produção: Leo Bender
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