
O jogo-treino realizado contra o Gaúcho de Passo Fundo, no sábado (11), no CT Parque Gigante, apresentou uma surpresa de Ramón Diaz no Inter. A atividade, que confirmou a manutenção do sistema com três zagueiros para encarar o Mirassol, também mostrou a ideia de Óscar Romero como o substituto de Carbonero, que está com a seleção colombiana na data Fifa.
Velho conhecido da comissão técnica argentina, o paraguaio recuperou espaço no Colorado e pode fazer o terceiro jogo como titular desde a chegada dos Díaz.
Contratado após o Gauchão como uma alternativa a Alan Patrick ou até mesmo para jogar ao lado do camisa 10, Óscar Romero não caiu no agrado de Roger Machado. Com o treinador, o paraguaio foi titular em apenas três oportunidades, todas quando o camisa 10 foi poupado, diante de Fortaleza e Sport, no Brasileirão, e Maracanã, na Copa do Brasil, no primeiro semestre.
Na volta do calendário depois da parada para o Mundial de Clubes, ele esteve em campo em apenas 37 minutos com Roger. Foram 10 na vitória sobre o Fortaleza e 27 na derrota no Gre–Nal, jogo que marcou a queda do ex-treinador.
Nova hierarquia
A subida na hierarquia do elenco veio assim que os Díaz chegaram em Porto Alegre. Logo na estreia, no empate com o Juventude, em Caxias do Sul, Romero foi titular em uma nova formação, em um 4-4-2 com losango no meio-campo, que teve o quarteto do setor formado por ele, Luis Otávio, Bruno Henrique e Alan Patrick. A ideia de sistema tático foi mantida na rodada seguinte contra o Corinthians, mas desfeita no intervalo diante do placar desfavorável de 1 a 0. Romero foi o escolhido para sair na entrada de Mercado que promoveu mudança para um sistema com três zagueiros, mantida contra o Botafogo.
A confiança dos Díaz em Óscar Romero vem de longa data. Os argentinos comandaram o meia na seleção paraguaia, entre 2014 e 2016. Ramón pediu demissão do selecionado logo após a Copa América de 2016, quando o Paraguai foi eliminado na primeira fase. Romero foi titular nos primeiros dois compromissos, contra Costa Rica e Colômbia, mas, expulso diante dos colombianos, acabou sendo desfalque no confronto com os Estados Unidos que decretou a eliminação paraguaia.
– Nós já trabalhamos com ele (Romero), sabemos a qualidade de jogador que é. E o que ele pode dar ao time. Todos vão ter possibilidade, vai depender de quem quer brigar por um lugar ou não. É um jogador de nível de seleção e precisamos dele, de todo o grupo. Ele vai ter, como todo grupo, muitas oportunidades – avaliou Emiliano Díaz sobre Romero após a estreia da nova comissão no empate com o Juventude.
Novo posicionamento
A mudança de sistema tático do Inter altera a forma de utilização de Romero em relação aos jogos contra Juventude e Corinthians. Agora no 3-4-3, Romero entra na vaga do atacante do lado esquerdo, que foi de Carbonero na vitória sobre o Botafogo. O esboço para a entrada do paraguaio na equipe já havia sido feito no segundo tempo do confronto com os cariocas. Romero entrou aos 29 do segundo tempo e formou o trio de ataque com Borré e Alan Patrick sendo exatamente o homem do lado esquerdo.
Adaptação
Por se tratar de um meia-armador e não de um atacante, a presença de Romero irá exigir uma adaptação no setor esquerdo do Inter. Bernabei deverá ter ainda mais espaço para atacar aberto enquanto o paraguaio deverá fazer movimentos se aproximando de Alan Patrick por dentro. O Inter ainda terá mais duas atividades antes de viajar para encarar o Mirassol. Tempo para os Díaz treinarem a equipe com Óscar Romero, um jogador de confiança da nova comissão técnica do Inter.
Romero no Inter
- 16 jogos (5 como titular)
- 1 gol
- 2 assistências



