
Há três prioridades claras no Inter pós-parada. A mais importante delas é a recuperação física. É preciso ter mais força para resistir ao segundo semestre. As duas outras serão consequências dessa retomada de energia. São elas o ajuste do sistema defensivo e o aumento do entrosamento.
O time se reapresenta no sábado (28) para a sequência da temporada. O Campeonato Brasileiro recomeça para o Inter em 12 de julho, um sábado à tarde, contra o Vitória. Depois, há uma semana de descanso e novo jogo no Beira-Rio, contra o Ceará. Essas partidas são fundamentais para recuperar a confiança e melhorar o desempenho já de olho também nas copas. A reportagem destrinchou cada um desses ítens.
Aumentar a capacidade física
O Inter cansou. Isso é ponto pacífico, confirmado inclusive por Roger Machado. Em nome de ganhar o Gauchão, o time se sacrificou desde o início do ano. E a conta chegou em junho, refletindo-se nos resultados que levaram a equipe para o Z-4. Por isso, a prioridade é se recuperar fisicamente.
— O Inter precisa, seja através do descanso, da recuperação de jogadores e principalmente da contratação, pensar em vitalidade, em força física. É a única forma que o Inter tem de encarar bem o segundo semestre — aponta o narrador Marcelo De Bona, da Rádio Gaúcha.
Não é segredo que o Inter busca um volante para suprir a vaga de Fernando, que sofreu grave lesão no joelho. E que precisa de mais opções de vitalidade para aguentar o tirão do segundo semestre.
Ajustar o sistema defensivo
Nos últimos dois meses, o Inter só não levou gol de dois adversários: Maracanã e Nacional-URU. Todos os demais fizeram Anthoni buscar a bola nas redes. Para Vini Moura, uma das vozes coloradas do Grupo RBS, esse é um dos principais pontos de atenção.
— O Inter precisa reencontrar aquela capacidade física que encantou em outros momentos. Isso é fundamental para reorganizar o sistema defensivo. E é importante, porque não tem como um time que toma gols em todos os jogos ter um bom desempenho. Em algum momento não conseguirá virar a partida — aponta.
De fato, o Inter até conseguiu reverter resultados negativos nesse período, como as viradas contra Juventude e Bahia. Mas nos demais jogos, ou não tirou a desvantagem ou no máximo arrumou um empate.
Melhorar o entrosamento
A mecânica ofensiva era um dos pontos que mais encantavam do Inter de Roger Machado. O time tinha deslocamentos, organização, jogadas ensaiadas. E isso se perdeu após o Gauchão. Recuperar esse poderio é fundamental na hora de decidir vagas na Copa do Brasil e na Libertadores, principalmente.
Para Vini Moura, essa falta de entrosamento também é consequência da intensidade dos jogos. As lesões em série impediram a repetição do time e até do esquema. Roger, na falta de peças, apelou para três volantes em alguns momentos-chave do primeiro semestre. Por isso, o colunista colorado aponta:
— O entrosamento do time vai ser consequência da melhora física. Ela é que vai causar uma evolução na equipe, na defesa e no ataque.
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