
A definição mais adequada para esse Atlético-MG x Inter, 12ª rodada da quinta-feira (12), Dia dos Namorados, veio do jornalista Marco Aurélio Souza: "Os colorados preferiam estar em qualquer outro lugar, fazendo qualquer outra coisa". Desfalcado, contra um adversário forte, fora de casa, no gramado sintético, antes de 15 dias de férias, o cenário pode ser ainda pior dependendo da combinação de resultados. O objetivo é evitar passar o mês sem jogos dentro da zona de rebaixamento.
Isso porque, na melhor das hipóteses, o Inter termina a rodada em 13º lugar. Para isso, precisa vencer o Galo e torcer para o São Paulo não ganhar do Vasco, no Morumbi. A subida na tabela pode vir também em caso de empate em Belo Horizonte desde que os paulistas percam por dois ou mais gols para os cariocas.
O perigo maior vem de baixo. Se empatar com o Atlético-MG, o Inter entraria na zona de rebaixamento se Fortaleza, Vasco e Vitória vencerem seus jogos. O Fortaleza recebe o Santos e o Vitória é mandante contra o Cruzeiro. É preciso que os três resultados ocorram.
Se perder, o Inter passará um mês no Z-4 se houver um vencedor entre Fortaleza e Santos (ou se empatarem, caso a derrota colorada seja por dois ou mais de diferença), e se Vasco e Vitória ganharem ou empatarem seus jogos.
A combinação, por mais que seja improvável, está longe de ser impossível. Por isso mesmo, é importante o Inter fazer sua parte. E para buscar esse objetivo, Roger Machado terá alguns reforços.
Os principais são Borré e Valencia. Os atacantes estavam lesionados, a perspectiva de aproveitamento era baixa, mas conseguiram se recuperar a tempo. O colombiano, inclusive, deve ser titular. O equatoriano, que chegou a jogar 22 minutos por sua seleção na terça-feira (10), ficará no banco. Ricardo Mathias é mais uma novidade para o ataque. Os desfalques dos titulares são quatro (cinco se contar Rochet, que só atuou uma vez no ano): Victor Gabriel, Bernabei, Fernando e Alan Patrick, que está suspenso.
Com os retornos de Borré, Valencia e Ricardo Mathias, mais Gustavo Prado de volta da seleção sub-20, é possível montar um meio-campo com três volantes (Ronaldo, Thiago Maia e Bruno Henrique), um meia (Óscar Romero ou Bruno Tabata), um atacante de lado (Wesley ou Gustavo Prado) e um centroavante (Borré, Valencia ou Ricardo Mathias). Mas dá para escalar só dois volantes, um jogador aberto para cada lado, um meia centralizado e um centroavante. Ou ainda dois atacantes. A tendência é pela primeira opção, com o trio de volantes, Wesley e Romero, mais Borré.

No Atlético-MG, a tendência é de que Dudu faça sua estreia. Depois de deixar o rival Cruzeiro, o atacante deve começar no banco, mas possivelmente entrará. Em casa, desde a reabertura da Arena do Galo, após a instalação do gramado sintético, o Galo tem três vitórias e um empate. O time de Cuca abre a rodada em nono lugar, com 17 pontos.
Mas com a redução das ausências e os reforços ofensivos, renascem as esperanças de repetir 2024, quando estreou na Arena do Galo e venceu o Atlético-MG. E conseguir respirar antes das férias e da retomada do calendário. Para focar nas copas, é preciso estar tranquilo no Brasileirão.
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