
A vitória sobre o Nacional-URU por 2 a 0 deixou o Inter bem próximo de avançar às oitavas de final da Libertadores. Era preciso buscar três pontos fora de casa e isso ocorreu no Parque Central. Roger Machado creditou as três situações em especial o triunfo no Uruguai.
Mas antes é preciso explicar o cenário. Se empatar com o Bahia, no Beira-Rio, o Inter estará classificado. Se esse empate vier acompanhado de derrota do Atlético Nacional-COL, ficará em primeiro. Uma vitória na rodada final dará a liderança caso os colombianos não vençam o Nacional-URU, em Montevidéu. O time gaúcho só será eliminado da Libertadores (e irá para a Sul-Americana) se perder em casa na última rodada, marcada para 28 de maio.
A situação é bem mais confortável do que chegou a ser depois da sequência de empate e derrota nas rodadas anteriores. Ganhar fora de casa devolveu essa boa condição. O mental dos atletas foi bastante exaltado por Roger Machado no pré-jogo.
— Trabalhamos a tranquilidade e evitar que o grupo se contaminasse com o externo. Porque de uma hora para outra o treinador deixou de ser competente, os jogadores deixaram de ser bons, que o grupo era insuficiente, mal precificado. Tivemos um dia e meio para nos prepararmos, especialmente com a autoestima. Mas não só ligado ao perder e ganhar, porque isso é uma gangorra. Era uma busca de confiança de que já fizemos bem — disse o treinador.
Em campo, o técnico comemorou em especial três de suas escolhas. Uma foi tirar do jogo do Brasileirão alguns jogadores como Vitão, Fernando, Bernabei e Alan Patrick, mesmo que tenha significado perder para o Botafogo. Outra foi a repetição do trio Fernando, Thiago Maia e Bruno Henrique. A desconfiança sobre os três, especialmente depois de ter perdido para o Atlético Nacional-COL, havia crescido, mas todos foram bem.
— A estratégia funcionou. Se olharmos o número da camisa e a posição, vão ser três volantes. Mas o treinador precisa olhar a característica e a estratégia, então para mim são meio-campistas. Reencontramos o equilíbrio — explicou.
A outra foi Ricardo Mathias. Na ausência de Borré e Valencia, o menino de 18 anos foi o escolhido para ser o centroavante. E teve personalidade para jogar. Fez pivô, participou da fase defensiva e coroou a atuação com um gol digno de camisa 9, antecipando-se à zaga em um cruzamento.
— Deixamos claro que a responsabilidade era minha, tinha de ser o suporte para que ele pudesse jogar. O que frisei foi que não era a oportunidade da vida, que era um jogo de vida ou morte. Era uma chance em um jogo importante, que se sentisse tranquilo e pudesse contribuir com dedicação — declarou Roger.
O Inter volta a campo no domingo. Às 20h30min, recebe o Mirassol, pela nona rodada do Brasileirão. No meio da semana que vem, enfrenta o Maracanã pela Copa do Brasil. O jogo será no Orlando Scarpelli.
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