
Se tem alguém que será bastante aplaudido quando tiver o nome anunciado no sistema de som no Beira-Rio, no domingo à noite, é Ricardo Mathias.
De quarta opção para o ataque a titular no jogo das 20h30min, contra o Mirassol, o jovem de 18 anos é a esperança de gols para o Inter.
Especialmente pelo que fez em Montevidéu, abrindo o placar na vitória sobre o Nacional-URU. É a renovação para uma posição sem dono definitivo no time de Roger Machado.
Ricardo Mathias jogou no Uruguai porque Borré e Valencia estão machucados e porque Lucca não deu a resposta imediata que o time precisava.
Assim, a estreia do guri de Nova Iguaçu entre os titulares do time principal foi justamente na partida denominada por Roger como "a mais importante do ano".
Nova oportunidade

No treino de reapresentação, na tarde de sexta-feira (16), foi possível observar uma conversa entre técnico e atacante.
Um sinal de uma nova oportunidade, de uma sequência. Algo talvez impensado no início do ano. A sequência de uma cena marcante no Parque Central, o abraço de Ricardo em Roger ao final do jogo.
— O Ricardo é um menino muito talentoso. O que eu sentia falta dele era de regularidade nas atividades diárias e um nível maior de concentração nos treinos. Mas, de uns 20 dias para cá, principalmente depois que ele retornou da lesão no joelho, ele já estava se mostrando mais competitivo nos treinos. A única orientação que eu dei para ele foi: "Preciso que tenhas um nível de competição alto, que daí teu jogo vai aparecer" — disse Roger.
Queda de rendimento e bronca
A vaga surgiu para o atacante nas últimas semanas. Ele levou uma bronca de Roger, chegou a ser liberado para jogar no time sub-20 e perdeu espaço.
A comissão técnica havia detectado uma queda de rendimento nos treinos. Recentemente, uma mudança de comportamento devolveu a confiança.
O menino admitiu tudo. E mostrou maturidade ao responder sobre a chance:
— Tenho de me dedicar muito nos treinos para isso (a titularidade) estar acontecendo e continuar trabalhando. Tem o Valencia e o Borré, que são as minhas inspirações. É só trabalhar que aí a recompensa vem.
Média positiva
Os 62 minutos que teve diante do Nacional elevaram para 107 o total em campo pelo time principal colorado em 2025.
Em 2024, haviam sido 86. Nesses 193, marcou dois gols, o que dá basicamente um por partida. O desafio, agora, é realizar outro sonho: comemorar pela primeira vez diante da torcida. O Beira-Rio anseia por isso.
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