
É um primeiro mata-mata mesmo na fase de grupos. É a repetição de um cenário de 36 anos atrás. Inter e Bahia se enfrentam a partir das 19h desta quarta-feira (28) para ir adiante na Libertadores. O jogo no Beira-Rio traz preocupações e boas lembranças aos colorados, que lotarão as arquibancadas.
O estádio colorado também estava lotado em abril de 1989, quando 60 mil torcedores ocuparam as arquibancadas para a partida das quartas de final da Libertadores daquele ano. Então, o Inter abria a disputa contra o Bahia em casa.
Eram o quinto e o sexto jogos entre eles em um intervalo de dois meses. Ocorreram dois pela final de Brasileirão válido pela temporada anterior e dois pela fase de grupos da Libertadores. Nas quartas de final, mais um encontro.
Os duelos eram carregados de uma rivalidade insana. E que tinha enorme vantagem do Bahia. Campeão brasileiro e vencedor das duas partidas na fase de grupos, os baianos estavam em melhor momento. Seria preciso fazer algo inédito até então, vencer.
Na partida no Beira-Rio, a primeira das quartas, sem Luiz Carlos Winck e Nilson, ambos lesionados, Abel Braga escalou Taffarel; Júlio Cesar, Norton, Aguirregaray e Casemiro; Norberto, Luis Fernando e Luis Carlos Martins; Heider, Diego Aguirre e Edu Lima.
Colorado se impôs
Em uma noite inspirada de Luis Carlos Martins, Luis Fernando e Diego Aguirre, o Inter se impôs. Jogou melhor, teve um pênalti claríssimo não marcado e superou isso tudo.
Aos 39 minutos, Edu Lima cobrou uma falta da esquerda, Diego Aguirre se antecipou à marcação e cabeceou para o gol, 1 a 0. O placar não se alterou mais.

— Me lembro com saudade desse gol. É uma das melhores lembranças que tenho do Inter enquanto jogador. Foi um ano espetacular que vivi aí — diz o atual técnico do Peñarol, que, inclusive por força do cargo, evita falar do confronto de 2025.
Luis Fernando também teve atuação elogiada. O meia foi o motorzinho do time, ajudou a controlar o Bahia e apareceu na frente quando possível. Ele lembra dos dois jogos. O primeiro, do Beira-Rio, e a volta, em Salvador.
Chuva estará presente mais uma vez
Na Fonte Nova com quase 45 mil pessoas, um dilúvio deixou o gramado encharcado no primeiro tempo e escorregadio no segundo. Bom para o Inter, que segurou o 0 a 0.
— Precisávamos muito do resultado, até por ter perdido o Brasileirão para eles e teve as derrotas na fase de grupos da Libertadores. Era a última oportunidade de dar a volta por cima — recorda, e completa:
— Fizemos de tudo para passar, o momento do Bahia era melhor do que o nosso. Em casa foi complicado, ganhamos 1 a 0 gol do Diego Aguirre. Tivemos a vantagem e, na Bahia, conseguimos segurar. Eles falam da chuva, mas não vejo assim. No segundo tempo o gramado estava bom e eles não venceram. Merecemos a classificação.
A chuva deve acompanhar o confronto novamente. Possivelmente não naquela intensidade de 36 anos atrás. O gramado do Beira-Rio não deverá estar encharcado, as arquibancadas receberão grande público, a expectativa é alta.
O empate e a vitória classificam o Inter. A derrota elimina. O adversário vive seu melhor momento desde aquele 1989. É uma noite de Copa daquelas em Porto Alegre.
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