
O Inter que perdeu, hoje, depois de tanto tempo, não foi pior do que o Inter que vencia jogos e era líder. O jogo foi o mesmo. O esporte – trágico, triste e cretino – idêntico. Jogamos a mesma bolinha torta que apresentamos durante toda a temporada. O único ponto fora da curva, em mais um domingo de sofrimento interminável, foi a nossa total falta de competência ofensiva.
Se antes tínhamos MEIA chance de gol e matávamos o jogo, hoje jogamos fora pelo menos três bolinhas TOTALMENTE matáveis.
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Sasha, depois da TRAPALHADA do goleiro Fernando Miguel, ao invés de carregar a pelota para o gol vazio tentou uma finalização ibrahimovítica. Tiro de meta.
William, depois do que foi a nossa única jogada que prestou em 98 minutos de jogo, finalizou em cima do arqueiro.
Aylon, assim como o camisa 9, teve uma bolinha quicante a sua frente. Nem goleiro nem zagueiro no caminho. Tentou um voleio mais-torto-que-a-minha-cara e, adivinhe, tiro de meta para o Vitória.
No final, Paulão ainda teve que ser mais-goleiro-do-que-o-Muriel para salvar o que seria o segundo gol do time da Bahia. O jogo acabou sendo decidido, mesmo, pela tenebrosa jogada do bom Ernando. Ao invés de mandar a bola para longe, de passar para alguém, de chutar para fora, o zagueiro RODOPIOU com a redonda na frente da área e acabou originando o gol que nos tira uma imensa invencibilidade.
Vencendo ou perdendo, o nosso futebol é – no máximo e com algum esforço – medíocre. Seguiremos sofrendo rodada a rodada, jogo a jogo, até dezembro. Haja coração.