
A torcida já sabia que Rodrigo Dourado voltaria ao time em algum momento deste sábado contra o América-MG. Por isso aplaudiu com gosto quando o volante apareceu aos 33 minutos do segundo tempo no lugar de Gustavo Ferreareis, encerrando um longo período de 79 dias afastado dos gramados por causa de uma lesão sofrida em jogo da seleção olímpica contra a Nigéria.
Foi apenas um curto retorno de 15 minutos de quem está fora desde o final do Gauchão – mas foi mais uma fato para comemorar no final de semana, além da combinação de resultados que deixou o time na liderança do Brasileirão – empate do Grêmio e derrota do Corinthians.
– É claro que estou feliz pela volta. Mas ainda tenho de buscar aos poucos a melhor forma física – comentou Dourado.
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Também Alex comemorou os minutos do companheiro no retorno ao time.
– É como diz o Argel, se aparecer cinco minutos em campo, tem que aproveitar o máximo. Acho que foi o que se viu com o Dourado – disse o meia.
O retorno ocorreu na hora certa. Como Fernando Bob sofreu o terceiro cartão amarelo e não enfrenta o Atlético-MG na próxima quinta-feira no Beira-Rio, às 19h30min, Dourado tem chance de começar jogando e refazendo a velha dupla da frente da área com Fabinho. Na ala esquerda, Geferson toma o lugar de Artur, que sai devido ao terceiro amarelo.
Mas Paulão e Sasha retornam depois de cumprir suspensão por cartão – o que produz o sentimento de uma equipe mais robusta diante de um adversário mais consistente.
– Teremos um adversário (Atlético-MG) com calibre diferente, o torcedor tem que comparecer porque a nossa missão é a mesma, de fazer o dever de casa – disse Argel.
A questão Sasha e Aylon pode colocar um dilema ao técnico. Autor de dois gols sobre o América-MG, Aylon recebeu fartos elogios. Pelo corrente critério do merecimento pelo qual Alex tomou a posição de Andrigo, não seria impensável manter o garoto no time. Argel jogou mais dúvida à questão:
– Fico contente com o rendimento do Aylon. É um bom problema. Ele fez o gol da vitória contra o Santos, entrou bem contra o Vitória e confirmou tudo o que se esperava dele. Ele busca o seu lugar, e temos mais o Ariel, o Bruno Baio, o Petter, e isso é um problema gostoso.
O 3 a 1 sobre o América-MG no sábado fez o técnico retomar o discurso do "pé no chão com seriedade" e de que o "jogo mais importante é o próximo".
– Temos 32 jogos pela frente, como falar em favorito numa hora dessa? Há quatro ou cinco clubes brigando pela liderança, não tem campeão, não. A gente é campeão em cartões amarelos – ironizou Argel, que ainda se disse particularmente gratificado pelo fato de não haver um jogador no departamento médico. E se saiu com uma velha e boa frase do futebol:
– Olhei as macas e não tinha ninguém. Agora, além da qualidade, teremos quantidade.
*ZHESPORTES