
São 172 dias desde o anúncio oficial da contratação de Gustavo Cuéllar feito pelo Grêmio, em 15 de janeiro deste ano até este sábado (5) que marca uma semana para o retorno do Brasileirão.
Ou seja, 4.128 horas de expectativa da torcida gremista por ver em campo um volante com a mesma qualidade que o próprio colombiano apresentou na sua passagem pelo Flamengo entre 2016 e 2019.
Após a participação nos dois primeiros tempos do jogo-treino contra o Aimoré — no que pode ser considerado o time titular —, é provável que Cuéllar comece o jogo contra o São José na próxima terça-feira (8), pela Recopa Gaúcha.
É a confiança na recuperação do jogador de 32 já demonstrada pela comissão técnica tricolor sendo colocada em prática.
— Conversando, ele (Cuéllar) fez uma observação que dá uma ideia de que podemos ter o jogador que queremos — revelou Mano Menezes em entrevista exclusiva para veículos do Grupo RBS em junho.
A confiança se dá pelo incremento dos treinos de força. Na avaliação interna e do próprio atleta, era o que lhe faltava para retomar o ritmo competitivo.
— Ele está se sentindo mais forte, mais equilibrado, mais potente, mais resistente. Então, a gente faz isso (treinos de força) para tentar amenizar as lesões e melhorar a performance — revelou o preparador físico do Grêmio, Flavio de Oliveira, em entrevista exclusiva para a Rádio Gaúcha.
Cuéllar na temporada
- 13 jogos (dois pelo Brasileirão, dois pela Sul-Americana, dois pela Copa do Brasil e sete pelo Gauchão)
- 715 minutos em campo
- 0 gol
- 0 assistência
- 86,8% dos passes certos
- 1 cartão amarelo
- 14 desarmes
- 7 interceptações
- 5 duelos aéreos ganhos
- 1 chute bloqueado
*Dados do Sofascore
Começo de oscilação e paciência no Flamengo
Cuéllar despontou para o futebol brasileiro durante a sua passagem no Flamengo, quando fez parte do time campeão da Libertadores e do Brasileirão de 2019. No entanto, foi necessário paciência com o colombiano.
No segundo semestre de 2017, ele passa a jogar de maneira absoluta.
CAHÊ MOTA
Repórter do ge.globo
Setorista do clube carioca para o ge.globo, Cahê Mota recorda que o colombiano chegou ao Flamengo no começo de 2016, momento no qual Márcio Araújo era bastante criticado. As críticas da torcida ao volante brasileiro abriram as portas para Cuéllar:
— Criou-se essa expectativa no sentido de ser alguém para tirar o Márcio Araújo (do time titular). E isso, de certa forma, colaborou, digamos assim, para que houvesse uma paciência, uma benevolência maior com o Cuéllar.
Mota ressalta que o volante que hoje atua no Grêmio oscilou no seu início no Flamengo, mas essa calma por parte da torcida lhe deu respaldo. Após um começos "nem tanto ao céu, nem tanto ao inferno", o colombiano começou a se firmar.
— Quando chega o (Reinaldo) Rueda, que é colombiano, no segundo semestre de 2017, ele passa a jogar de maneira absoluta, vai muito bem e tudo mais — observa o jornalista, e completa:
— Pela questão da entrega dele, de ser muito voluntarioso, de ser muito expansivo dentro de campo, tinha essa conexão com a torcida.
Assim, a dica para a torcida gremista é ter um pouco mais de paciência para poder ver de Cuéllar o futebol que se espera dele. A primeira mostra de evolução poderá ser apresentada na terça-feira.
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