
O Grêmio revelou mais detalhes da situação que vive com a Arena. Em um evento de duas horas na noite desta terça-feira (10), o clube apresentou para parte dos conselheiros o que acontece nos bastidores da relação com a empresa que gere o estádio.
A maior dor de cabeça do clube é a questão de troca de chaves do Olímpico pelas da Arena. Além da questão negocial para o pagamento da penhora dos valores não pagos do financiamento, o clube tenta na Justiça reverter essa questão.
O Grêmio quer que a alienação fiduciária da propriedade, que equivale a apenas 8% da dívida total, seja removida, o que permitira a troca dos ativos. A Arena Porto-Alegrense é a responsável pelo pagamento dos empréstimos feitos para a construção do estádio.
Segundo a apresentação feita pelo clube, seria necessário o depósito, por pare a empresa que gere o estádio, de R$ 24 milhões para finalizar a questão. Além deste ponto considerada mais grave, a parte financeira também preocupa.
Repasses
No evento, a direção revelou que a Arena Porto-Alegrense enviou para outra empresa mais R$ 40 milhões em 2022. O valor se soma a R$ 10 milhões enviados no ano seguinte, totalizando os R$ 50 milhões registados no balanço de 2023, revelados na noite da última segunda-feira por Zero Hora.
O envio de recurso teve destino a empresa chamada SMART Arenas Gestão de Instalações Esportivas. Os valores estão registrados nos balanços da gestora do estádio do Grêmio.
Os números dos balanços mostrados durante o encontro mostram que a receita líquida da Arena Porto-Alegrense foi de R$ 46 milhões em 2022 e de R$ 83 milhões em 2023.
Outro ponto de atenção é a questão da conservação. Um laudo de 2023 apurou um déficit de R$ 30 milhões em manutenções. A vistoria será renovada para avaliar quais outras obras e valores serão necessários neste ano.
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