
A parada para o Mundial de Clubes tem dois objetivos bem claros definidos pelo técnico Mano Menezes. Além de aprimorar questões táticas, o treinador quer um time mais competitivo fisicamente para o segundo semestre de 2025.
Em entrevista exclusiva aos veículos do Grupo RBS, Mano Menezes falou sobre como pretende alcançar esta evolução e comparou o estágio físico atual com seu primeiro jogo, no dia 24 de abril.
— No nosso jogo de estreia contra o Godoy Cruz, na Argentina, eu confesso que fiquei um pouco assustado com a nossa incapacidade de ganhar as disputas de bola. Nós praticamente perdemos todas as disputas de bola na nossa estreia. Nos últimos jogos, o time já superou os adversários nos duelos — explicou.
Neste momento, o técnico vê uma melhora de rendimento físico da equipe e estipula que há uma margem para um crescimento.
— Você vai mensurando coisas objetivas para saber se realmente essa melhora está acontecendo de forma sustentada ou aleatória e específica de um jogo só. Todos os jogadores que temos aí tem um percentual potencial de melhora de 30% para chegarmos na segunda parte bem — afirmou.
Metodologia da comissão técnica anterior
O diagnóstico atual é de que a metodologia de Gustavo Quinteros não priorizou os trabalhos de força, o que difere da linha de trabalho adotada por Mano
— É questão de academia mesmo. Pode ser na academia e no campo. Alguns profissionais trabalham menos, como os portugueses, por exemplo. Mas eles trabalham, não é verdadeiro que eles não trabalham força. Tem que fazer força, não tem jeito. Os argentinos trabalham menos isso, é da escola argentina. Todas as vezes que trazermos um jogador argentino, ele tem um período mais longo de adaptação porque ele precisa fazer isso para render — detalhou.
Agora, a comissão técnica de Mano priorizará atividades de força na academia e no gramado durante o período de paralisação do calendário para a disputa do Mundial de Clubes.
— O jogador sente bastante essa mudança da metodologia. Então, é o que estamos fazendo agora com cuidado e tivemos mais ainda porque tínhamos muitos jogos para jogar e não podíamos machucar os atletas. Mas, a gente sempre trabalha no Brasil com um nível de força bastante alto para sustentar — finalizou.