
Quando o Grêmio voltar aos treinos, a ideia será melhorar física, técnica e taticamente o time como um todo. Um jogador é visto como peça central no processo de evolução da equipe. Contratado com pompa no começo do ano, Cuéllar recebe desde a chegada da atual comissão técnica um acompanhamento atento para retornar à equipe em alto nível.
Após chegar em janeiro depois cinco temporadas na Arábia Saudita, o volante colombiano sentiu o ritmo de jogo do futebol brasileiro. E ele ainda não conseguiu render perto do esperado.
Até aqui, esteve em campo por apenas 683 minutos, o equivalente a 7,5 partidas. Sua estreia foi em 29 de janeiro. O último jogo do Grêmio no primeiro semestre foi em 12 de junho. Um período de 134 dias. Na média, seria como se tivesse entrada em campo uma vez a cada 18 dias — sem entrar na avaliação da qualidade das atuações.
O diagnóstico do técnico Mano Menezes e seus auxiliares em relação a Cuéllar foi o mesmo dado ao elenco restante do elenco. Acredita-se que falta trabalho de força. No caso do meio-campista, a situação se agrava pelo período no Oriente Médio, onde o futebol apresenta menor exigência física e, como consequência, uma preparação diferente da realizada no Brasil.
— O Cuéllar me disse que nunca trabalhou força nos últimos dois anos como trabalhou nas duas últimas semanas. O jogador precisa estar bem preparado para ser o cara que todo mundo sabe que ele tem capacidade de ser. É esse jogador que nós queremos ter e acredito, seriamente, que nós vamos ter — explicou Mano, em entrevista exclusiva a Zero Hora.
Como se faz o trabalho de força
O preparador físico Flávio de Oliveira, também em entrevista a Zero Hora, foi direto ao responder sobre como será o trabalho específico realizado por Cuéllar.
— É questão de academia mesmo.
Oliveira explicou que gosta de trabalhar com um pouco mais de carga (peso) com os seus atletas. A intenção é intensificar o trabalho de força no período sem jogos. Havia o temor de enfatizar este tipo de treino durante a maratona de partidas e machucar os atletas.
— A força é tudo. No caso do futebol (o trabalho) pode ser executado no campo, atrelado ao trabalho técnico. O trabalho de base pode ser feito tanto em academia quanto fora da academia — explica o preparador físico Márcio Correa, instrutor da CBF e com passagens pelo Grêmio e pelo futebol árabe.
Desde a estreia de Cuéllar, o Grêmio disputou 32 partidas. Ele foi utilizado em 13 confrontos, o equivalente a 40% dos confrontos. Se o cálculo for feito pelos minutos, sem levar em consideração os acréscimos, ele ficou em campo apenas em 23,7% do tempo.
Cuéllar no Grêmio
- Jogos: 13
- Assistência: uma
- Minutos em campo: 683
- Percentual de presença em campo: 40%
- Percentual de minutos em campo: 23,7%