
De um lado barulho de portas sendo chutadas. Do outro, gritos de festa. No meio, reclamação. Após 103 minutos sem o Grêmio marcar gol sobre o CSA na Arena, a primeira reação dos dirigentes gremistas foi de transtorno contra a arbitragem na noite de terça-feira (20, marcada pela eliminação na Copa do Brasil. A confusão se estendeu ao atacante Pavon, que depôs na delegacia após ser acusado de cuspir em um policial.
Terminado 0 a 0 com os alagoanos, a primeira onda de ataque do Grêmio foi dos jogadores. Eles cercaram o árbitro Matheus Delgado Candançan. Ao pouco o primeiro enxame azul se desfez.
Enquanto a torcida gritava impropérios contra o presidente Alberto Guerra, seus companheiros de diretoria despejavam um vocabulário pouco cortês enquanto Candançan deixou o gramado, escudado por um batalhão de policiais.
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Dirigentes exaltados
O vice presidente Eduardo Magrisso, o vice de futebol Alexandre Rossato e o diretor de futebol foram os mais exaltados. Ainda na beira do campo, Magrisso foi afastado por policiais. Ele atirou cédulas de dinheiro em direção aos árbitro. Eles acompanharam todo o trajeto do quarteto de arbitragem até o vestiário.
— Tentei falar com o juiz, os brigadianos me empurram. O Grêmio tem que melhorar, mas isso é um absurdo. A arbitragem é um absurdo — esbravejou Peixoto.
O cuspe
Instantes antes de Mano Menezes dar suas explicações para a eliminação, Pavon cruzou os corredores do estádio para depor na delegacia instalada na Arena.
O argentino foi acusado de acertar um cuspe em um policial durante as reclamações contra o árbitro. O alvo teria sido Candançan, mas acertou um dos brigadianos que faziam sua escolta.
Rosatto, Jorge Petersen, advogado do clube, e dois seguranças acompanharam o depoimento. Do lado de fora da sala, três policiais aguardavam. O jogador pediu desculpas ao policial. Ele assinou um termo circunstanciado e deixou o local sem se manifestar.
Confira o momento que o jogador Pavon deixa a delegacia da Arena:
Tanto o caso de Magrisso quanto o de Pavon devem ser relatos na súmula da partida.
Alvo da fúria gremista, Candançan deixou a Arena às 1h15min, escoltado por seis policiais sem maiores confusões.
Insatisfeitos com a atuação da arbitragem em jogos contra o Grêmio, o presidente Alberto Guerra e o coordenador técnico Luiz Felipe Scolari viajam na quinta-feira (22) para o Rio de Janeiro. Lá irão até a sede da CBF para conversar sobre o desempenho dos árbitros nas partidas do clube.
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