
Mayk chegou em fevereiro de 2024, como aposta para suceder Reinaldo na lateral esquerda do Grêmio. Mas em 2025 ele se transformou em um mistério.
O atleta contratado junto ao Guarani começou a atual temporada como titular, já que o antigo dono da posição havia sido dispensado. Mas uma série de lesões, diagnósticos conflitantes em exames e análises técnicas deixam seu futuro incerto na Arena.
Mas afinal, por que o jogador está prestes a completar quatro meses sem figurar entre os relacionados para um jogo? Zero Hora teve acesso aos bastidores da história do jogador de 25 anos, que veio do Guarani por R$ 3 milhões, atuou 16 vezes e tem contrato com o Tricolor até dezembro de 2026.
Para entender o caso, é preciso voltar ao dia 26 de janeiro deste ano. Mayk saiu de campo lesionado aos 32 minutos da segunda etapa do 4 a 0 sobre o Caxias, pela segunda rodada do Gauchão.
Na estreia, quatro dias antes, havia jogado os 90 minutos no 0 a 0 com o Brasil, em Pelotas. Era o único lateral-esquerdo de ofício entre os profissionais.
Com a lesão muscular de grau 1 no músculo posterior da coxa direita de Mayk, Quinteros improvisou o zagueiro Viery, 19 anos, ainda da base, na posição nos três jogos seguintes. Pedro Gabriel, 17 anos, ganhou alguns minutos também.
Sequência de exames
A volta de Mayk estava projetada para o primeiro Gre-Nal de 2025: em 8 de fevereiro. Horas antes do clássico, porém, ele fez um teste físico e acusou um novo problema: desconforto muscular na panturrilha direita. Viery foi o escalado.
O Grêmio levou Mayk para um exame no dia seguinte. Nada foi encontrado. Após trabalhos por quatro dias de trabalhos na academia, com fisioterapeutas, o lateral foi liberado para treinar no campo do CT Luiz Carvalho.
Novamente, alegou desconforto na panturrilha direita. O clube providenciou outro exame. Mais uma vez, nada foi detectado. O afastamento das atividades por uma semana não cessaram as dores.
Então, Mayk decidiu pagar por um exame em uma clínica no final de fevereiro. O diagnóstico: lesão de grau 2B na panturrilha direita. Um laudo médico foi apresentado ao Tricolor, que imediatamente passou a tratar o problema. O problema médico não foi comunicado em nota oficial pelo Tricolor, como de costume.
Apto a treinar e negociação frustrada
O Grêmio admite que o jogador procurou atendimento sem conhecimento do clube. Nesta sexta (16), após a publicação dessa matéria, Gustavo Bolognesi, vice-presidente do Grêmio, deu esclarecimentos sobre a lesão na panturrilha. O clube confirma a realização de exames de imagem realizados no hospital Moinhos de Vento, parceiro institucional, mas que não detectaram nada. Nenhum problema foi adquirido no ambiente do CT Luiz Carvalho entre os procedimentos.
Após a apresentação do laudo médico externo, os exames anteriores foram revisados novamente por radiologistas que não identificaram nada, comprovando, na visão gremista, que a lesão foi posterior às verificações realizadas pelo clube incialmente.
Fato é que foram mais quatro semanas até a recuperação de Mayk, que seguiu os protocolos do Grêmio da transição do departamento médico até o campo. Desde o começo de abril, ainda na era Gustavo Quinteros, ele sente-se apto a treinar.
Porém, o clube entende ainda ser necessário um tempo de tratamento em função da lesão na panturrilha. Além disso, o Grêmio tenta negociar o jogador. Em fevereiro, iniciou tratativas para empréstimo ao Novorizontino, mas a lesão prejudicou o andamento das conversas.
Para a posição, Mano Menezes conta com três nomes: Lucas Esteves, que estreou em 19 de fevereiro, Luan Cândido, que chegou em março, e Marlon, que assumiu o posto a partir do dia 19 de abril, no Gre-Nal do Brasileirão.
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