
O baque da queda na Copa do Brasil ainda é sentido no Grêmio. Um dos motivos para o adeus antecipado na competição é a falta de capacidade do time de atacar com qualidade. Um problema que ficou evidente nos mais de 100 minutos do confronto com o CSA na Arena. Mas que também virou uma marca da equipes nas últimas rodadas. Algo que precisará ser resolvido para evitar novas frustrações na temporada.
O desempenho ruim aparece nos números. A média sob a gestão de Mano é de um gol por jogo, nove gols marcados em nove partidas desde o início do seu trabalho. Incluindo as rodadas sob gestão de Quinteros e a disputa do Gre-Nal sob o comando de James Freitas, o ataque gremista marcou oito gols no Brasileirão. Sport, com quatro, e Santos, que fez sete, são os únicos clubes que fizeram menos nas nove rodadas disputadas até o momento na competição. O Juventude, com oito gols, completa a relação do Z-4 junto do Tricolor. Só o Fortaleza, que também fez oito, está fora da zona do rebaixamento.
— É uma pobreza, uma pobreza total, mas acho que não é gerada pela ausência de um meia. Se tivesse confiança para o Villasanti infiltrar, os espaços iam se abrir. Mas ele não infiltra porque se perder a bola é um Deus nos acuda. Acho que é tudo um pouco consequência dessa primeira escolha. E como é que faz para mudar? Você tem que arriscar alguma coisa, via laterais ou meias, e volantes infiltrando. Para isso, tem que ter um time mais próximo um do outro e aí você só consegue com um pouco mais de treino. Então, acho que é um pouco essa ideia do Mano de tentar sobreviver até a parada para conseguir sistematizar isso e você começar a atacar sempre pelo menos com três jogadores em cada lado — analisou Sérgio Xavier, comentarista do Grupo Globo.
Em relação ao desempenho contra um CSA bem posicionado no seu campo de defesa, Mano avaliou que faltou calma para que os jogadores encontrassem os melhores movimentos.
— Precisamos ter mais calma, que em determinados momentos fomos afoitos, ajudamos o adversário a defender com a sua proposta que era lógica. Faltou um jogo mais lúcido para criar oportunidades mais claras além daquelas que a gente criou. É bem claro entre nós — projetou Mano.
O treinador também falou novamente da necessidade de encontrar no mercado um meia-atacante, com um perfil que não está presente no atual grupo de jogadores, para melhorar a produção ofensiva geral do time. Pelo menos na avaliação da atual comissão técnica.
— Acho que temos oscilado ainda, não temos um rendimento constante, de ninguém ainda que seja indiscutível, que é isso e pronto. Mas vejo sempre a questão mais ampla. A nossa questão não é deste ou daquele. É do meio de um modo geral. Temos que achar o meio-campo ideal para a gente e vamos trabalhar para que aconteça logo. Penso que precisamos achar um quarto jogador, que possa fazer o meia principal crescer de produção — disse Mano.
Uma mudança é certa para o jogo deste final de semana no setor. Monsalve teve confirmada lesão muscular após exame realizado na última quarta-feira (14). A tendência é de que Cristaldo volte a ter oportunidades no time. O argentino não foi relacionado para o jogo contra o CSA por conta do limite de nove estrangeiros, segundo explicação de Mano em sua entrevista coletiva após a partida contra os alagoanos.
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