O promotor Rodrigo da Silva Brandalise, da Promotoria de Justiça do Torcedor, do Ministério Púbico, abrirá nesta segunda-feira (22) expediente para investigar o caso envolvendo mãe e filho gremistas ofendidos e agredidos com empurrões por torcedores colorados, ao término do clássico Gre-Nal 421, no estádio Beira-Rio, em Porto Alegre, na noite de sábado (20).
Brandalise informou que viu as cenas pela televisão, logo após o final da partida.
— O fato não chegou a nós durante o evento, mas acompanhei as cenas pela televisão. Só os vídeos já são suficientes para instaurarmos um expediente para identificarmos as pessoas envolvidas e tomarmos as devidas providências — afirmou Brandalise, na tarde deste domingo (21).
Agredida com palavras e empurrões por pelo menos três torcedores colorados — uma mulher e dois homens —, ela teve a camiseta arrancada das mãos depois de beijá-la na direção dos gremistas. Enquanto ela tentava continuar com a camiseta, o filho chorava ao defendê-la dos empurrões. Um funcionário do Inter chegou para intervir na discussão e retirou a camiseta das mãos da gremista. Ele acompanhou a família até a saída do estádio, onde devolveu a camiseta do Grêmio — a devolução foi confirmada por ela e pelo presidente do Inter, Marcelo Medeiros, em comunicado no Twitter na manhã deste domingo (21).
Desde a noite de sábado, Brandalise afirma ter recebido inúmeras mensagens de grupos via WhatsApp com as cenas. Inicialmente, a promotoria acionará os dois clubes para obter as identificações das vítimas e dos agressores, e também para saber quais providências Inter e Grêmio adotarão em relação à situação filmada. Ele destaca que a família agredida também pode acionar a promotoria para agilizar o andamento do caso.
— Não podemos dizer o que poderá ocorrer com estes torcedores (colorados) antes de ouvirmos todos os lados desta história — ressaltou o promotor.