Não posso ignorar os e-mails de gremistas que chegam interpretando o anúncio da compra da Arena pelo Grêmio como uma jogada eleitoral de Fábio Koff. É simples: a negociação só estará sacramentada quando o contrato entre Grêmio e OAS for assinado, não sem antes ser aprovado pelo Conselho Deliberativo do Grêmio.
Penso que Fábio Koff tinha duas alternativas a seguir: silenciava sobre o acerto até o fechamento formal do negócio ou anunciava agora. Obviamente, antecipar a informação traz vantagens eleitorais para o candidato de Koff. Mas, em que muda o acordo feito pelo clube e a construtora se as partes já chegaram a um acordo?
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Veja a entrevista especial de ZH com Romildo Bolzan Jr.
Não acredito que Fábio Koff permitiria que o chamassem de ingênuo por esconder a transação. Só se caracterizará estelionato eleitoral se o acerto não for concluído. Neste caso, caberiam puxões de orelhas em Koff. Mas, se tudo está acertado, verdadeiramente, não se percebe qualquer deslize ético no comportamento do atual presidente do Grêmio.
Mau exemplo
Quem prefere reprovar o comportamento de Fábio Koff não deve estar acompanhando o processo eleitoral que monopoliza as atenções do país. Nestas eleições, do pescoço para baixo é canela. Falta pouco para alguém ser acusado de engravidar a Virgem Maria. Se comparar-mos as duas eleições, o lance de Koff é cócega na orelha do adversário.