
Titular na Copa do Mundo de 2022, Éder Militão, zagueiro do Real Madrid, viveu um período difícil na carreira. As intermináveis sessões de fisioterapia por conta de cirurgias no joelho colocaram a carreira do jogador em risco.
Militão foi convocado pela primeira vez pelo técnico Carlo Ancelotti, velho conhecido do brasileiro por conta dos anos vitoriosos no Real Madrid. O zagueiro será opção nos amistosos contra a Coreia do Sul, na sexta-feira (10), às 8h (de Brasília), e o Japão, na terça-feira (14), às 7h30min.
Antes disso, no entanto, ele passou por duas lesões no ligamento cruzado anterior dos joelhos. Foram 438 dias de ausência do jogador de 27 anos, que perdeu 94 jogos pelo clube espanhol.
A primeira cirurgia, no lado esquerdo, em 2023, o fez ficar 214 dias inativo, mas foi a segunda, no joelho direito, que tirou Militão do ponto de equilíbrio:
— Na segunda lesão, passaram muitas coisas pela minha cabeça. Pensei em parar de jogar bola, porque não é fácil. Mas com a ajuda da minha esposa, da minha filha e dos companheiros, hoje estou aqui para jogar bem — revelou o zagueiro, em entrevista coletiva na terça-feira (7), em Seul, na Coreia do Sul. Ele complementou:
— Foram dois anos difíceis, com duas lesões muito complicadas. Acaba que a segunda você encara de outra forma por já saber do processo. Não é uma coisa fácil de lidar. Tem que estar muito apegado a família, a Deus... É algo que te tira rotina, do que você está acostumado a fazer, a treinar. De repente, você fica em casa dependendo de uma ajuda, de alguém fazer as coisas para você — declarou.
Reencontro especial
Militão voltou a jogar durante o Mundial de Clubes, nos EUA. Ele ficou de fora das duas primeiras convocações de Ancelotti, mas recuperou espaço na data Fifa de outubro. O reencontro com o treinador italiano é especial: foi com ele que o defensor teve melhores momentos da sua carreira.
— A convivência que já tive com ele acaba ajudando um pouco pela relação. Conversamos bastante, e é um cara que vem agregar não só para mim, mas para toda a Seleção — explicou.
Lateral ou zagueiro
Com a ausência do capitão Marquinhos, Militão pode ter oportunidades entre os titulares, ao lado de Gabriel Magalhães. Outra possibilidade para o jogador é atuar como lateral direito, como já fez no São Paulo, no Porto e na Seleção Brasileira na Copa de 2022.
— Hoje, eu sou zagueiro. Tive algumas passagens como lateral no São Paulo, no Porto, na Copa do Mundo... Não tenho problema em jogar ali, mas esse tempo todo venho jogando de zagueiro. O importante é estar no meio, independentemente de onde jogar, vou dar o meu máximo para ajudar — finalizou.




