
A arbitragem foi o tema central de mais uma rodada do Brasileirão. Na derrota do Grêmio para o Bragantino, por 1 a 0, no sábado (4), o clube gaúcho reclamou da atuação do árbitro Lucas Casagrande.
Entre os lances controversos estão a expulsão do zagueiro Kannemann, ainda no primeiro tempo, e um pênalti a favor dos donos da casa marcado no último lance do jogo.
Em entrevista ao programa Domingo Esporte Show, da Gaúcha, na manhã deste domingo (5), o presidente da FGF, Luciano Hocsman, comentou a respeito das novas polêmicas envolvendo a arbitragem no Brasileirão.
— Ontem (sábado) mesmo ao final do jogo fiz um contato como o presidente (da CBF) Samir (Xaud) e com outros colegas da CBF no sentido da necessidade de se debruçar sobre a questão da arbitragem. É um processo urgente e que não pode ser feito a curto prazo. É uma reestruturação de médio e longo prazo. É isso que vamos buscar junto à CBF para termos uma qualidade de arbitragem melhor, sem que haja tanta discussão — destacou, ressaltando o contato direto que mantém com o Comissão de Arbitragem da CBF:
— Faço uma crítica pública porque fiz ao Rodrigo Cintra (coordenador-geral da Comissão de Arbitragem da CBF) também. Confio na idoneidade das pessoas, mas me parece que esse árbitro que apitou o jogo do Grêmio (contra o Bragantino) foi o mesmo de Grêmio e Mirassol, onde teve um desgaste com atletas e com lance polêmico. Poderia ter sido evitado a escala dele — afirmou.
Problema profundo
O dirigente destacou que, após a CBF anunciar mudanças no calendário do futebol brasileiro a partir de 2026, existe a necessidade de reformular a arbitragem em todo o país.
— Estamos atentos a isso não só em razão dos lances ocorridos ontem, mas em razão de outros que aconteceram com clubes do Rio Grande do Sul e de uma forma geral. Acredito que o próximo anúncio que possa ser feito ela CBF é algo relativo a arbitragem. É preciso olhar com muita atenção para isso. Não é possível que toda rodada termine com uma discussão imensa — pontuou.
O dirigente também abordou o que pode ser feito por cada clube que se sente prejudicado pela arbitragem.
— De forma individual, o clube pode fazer um requerimento de uma audiência privada (na Comissão de Arbitragem). É nesse sentido de requerer e demonstrar com lances a falta de critério. É possível fazer isso — explicou Hocsman e ressaltou:
— Quando há um desgaste como houve ontem, o clube também pode requerer que aquele determinado árbitro deixe de ser escalado. Mas quando há algo tão flagrante, a própria Comissão evita esse maior desgaste.
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