
Foram necessárias 239 corridas na Fórmula 1 para Nico Hulkenberg sentir o gosto de subir no pódio da principal categoria do automobilismo. O alemão, de 37 anos, que entrou na F1 em 2010, chegou em terceiro no GP da Grã-Bretanha, em Silverstone, neste domingo (6).
Que corrida, praticamente de último para terceiro. Não sei como isso aconteceu
HULKENBERG
Após largar de 19º, Hulkenberg fez uma prova sólida, sobreviveu à chuva que caiu durante boa parte da prova e ultrapassou Lance Stroll na parte final para conquistar o lugar no pódio. Além disso, o alemão precisou lidar com a pressão de Lewis Hamilton nas últimas voltas.
— Quando eu vi no último pit stop que consegui me distanciar do Lewis, eu comecei a acreditar — disse Hulkenber após a corrida.
— Foi um tempo grande esperando. Que corrida, praticamente de último para terceiro. Não sei como isso aconteceu, uma corrida maluca e de sobrevivência durante toda a prova — complementou o alemão, que não conteve a emoção ao falar da sua conquista.
Trajetória na F1
Hulkenberg entrou na categoria em 2010, sendo considerado uma grande promessa para o futuro. Sua primeira equipe foi a Williams e seu companheiro na época era Rubens Barrichello. Atualmente, o alemão corre ao lado do brasileiro Gabriel Bortoleto na Sauber.
A temporada inicial, no entanto, não foi boa e Hulkenberg foi dispensado da Williams. Em 2011, ele assinou com a Force India para ser piloto reserva. Na temporada seguinte, o alemão conquistou o assento.
Veio 2012, um bom ano para ele, com um quarto lugar na Bélgica, o que lhe rendeu uma proposta da Sauber em 2013. Hulk aceitou, mas o desempenho voltou a cair. O alemão, na época, considerou sua ida para a equipe como um dos fatores que prejudicaram sua carreira.
Nova mudança em 2014. Na verdade, um retorno para a Force India, que durou até 2016. Neste ano, o alemão voltou a ficar próximo do pódio, novamente com um quarto lugar na Bélgica.
Em 2015, Hulkenberg fez história ao se tornar o primeiro piloto em atividade na F1 a vencer as 24h de Le Mans, no endurance.
Passagem pela Renault e período como reserva
Em um projeto ambicioso da Renault, Hulkenberg foi contratado para ajudar na reconstrução da equipe francesa. A passagem do alemão durou de 2017 a 2019, sendo um dos principais pilotos do meio do pelotão da F1.
No entanto, nada de pódio e seu último ano na Renault foi considerado ruim. Para 2020, ele não conseguiu nenhuma vaga de titular na Fórmula 1. Como reserva da Racing Point, Hulk correu duas vezes no lugar de Sergio Pérez.
A equipe se tornou a Aston Martin em 2021 e o alemão seguiu como reserva por mais duas temporadas. Em 2022, ele substituiu Sebastian Vettel nas duas primeiras etapas.
Retorno como titular
A titularidade reapareceu para Hulkenberg em 2023. A Haas decidiu investir em dois pilotos experientes e o alemão foi um deles. O desempenho foi considerado bom, principalmente na segunda temporada pela equipe norte-americana.
Hulk pontuou em 10 corridas, com direito a duas vezes seguidas chegando em sexto lugar. Isso tudo já sabendo que deixaria a equipe em 2025, pois havia assinado com a Sauber.
Nesta temporada, o alemão chegou como líder da equipe, principalmente pelo fato do seu companheiro ser o novato Gabriel Bortoleto.
Mesmo com a concorrência forte do brasileiro, Hulkenberg vem se destacando. Além do pódio na Grã-Bretanha, o alemão pontuou nas três corridas anteriores, e na estreia na Austrália, quando foi sétimo colocado.